O Benfica entra em mais um ciclo eleitoral com a responsabilidade de escolher, no próximo dia 25 de Outubro, quem guiará o clube nos próximos anos. As eleições deste mês de Outubro têm nomes conhecidos na corrida: Luis Filipe Vieira, João Noronha Lopes, João Diogo Manteigas, Cristóvão Carvalho e Martim Mayer. Todos prometem mudança, todos procuram captar descontentamentos e abrir espaço a novas ideias. Mas quando olhamos para os últimos quatro anos e para o futuro que se desenha, é difícil encontrar uma opção mais consistente do que Rui Costa. E é difícil perceber como alguns jogadores ícones do clube, como Nuno Gomes, preferem atraiçoá-lo, seguindo pisadas de outros em terrenos nunca antes caminhados.
O legado de Rui Costa como presidente Desde que assumiu a presidência em 2021, Rui Costa foi mais do que o herdeiro natural de uma história gloriosa dentro das quatro linhas. Ele assumiu o desafio de modernizar e estabilizar o Benfica num dos períodos mais conturbados da sua história recente. Fez entrar centenas de milhões de euros nos cofres da Luz, através de vendas milionárias de jogadores formados no Seixal — João Félix, Rúben Dias, Darwin Núñez e outros exemplos de talento transformado em receita. Ao mesmo tempo, manteve o clube competitivo na Europa, com participações regulares na Liga dos Campeões que significaram dezenas de milhões de euros adicionais. Não se tratou apenas de vender: tratou-se de valorizar, de mostrar que a academia do Benfica é, de facto, uma das melhores do mundo e que pode ser alicerce de um modelo sustentável.
Esse equilíbrio entre paixão e gestão é talvez a maior marca de Rui Costa: amar o Benfica não o impediu de tomar decisões difíceis, mas sempre em prol da estabilidade financeira e desportiva do clube. O respeito pelo legado e a alma benfiquista Rui Costa não é apenas mais um presidente. É um símbolo. Cresceu no Seixal, brilhou na Luz, foi ídolo em Itália e regressou sempre com a camisola encarnada no coração. Hoje, lidera o clube com a mesma seriedade que o caracterizou como jogador.
É este legado — de jogador mundialmente reconhecido e de presidente que já provou competência — que deve ser respeitado pelos sócios. Rui Costa não está na presidência por vaidade, mas por devoção. O Benfica fez dele um ícone, e ele devolve agora ao clube a sua vida. O projeto para o futuro O que Rui Costa projeta para o Benfica vai muito além da paixão.
Há três pilares fundamentais que se destacam:
1. Modernização das infraestruturas – O megaprojeto para o Estádio da Luz não é apenas um sonho, mas uma aposta em colocar o Benfica num patamar de clubes modernos da Europa. Hotéis, centro comercial, pavilhões, teatro e uma área multiusos. Uma Luz transformada em centro de vida e orgulho benfiquista, que gerará receitas além do futebol.
2. Competitividade europeia – Rui Costa sabe que o Benfica não pode viver apenas de glórias domésticas. Quer um clube que olhe de frente para a Liga dos Campeões, que consiga chegar aos quartos ou meias-finais com regularidade. Para isso, aposta na combinação de jovens formados no Seixal com contratações cirúrgicas.
3. Ambição imediata: Mourinho – A chegada de José Mourinho é a prova definitiva de que Rui Costa quer devolver o Benfica ao topo. Não é uma jogada eleitoralista, mas uma demonstração de ambição: contratar um treinador com currículo internacional, com títulos nas maiores ligas e duas Ligas dos Campeões no palmarés. Mourinho representa a mentalidade vencedora que o clube precisa, e a sua presença envia uma mensagem clara a rivais internos e externos.
4. Formação e identidade – O Seixal continua a ser central no projeto. O Benfica de Rui Costa não abdica da sua identidade, do orgulho de formar jogadores de classe mundial. Mas agora, com mais equilíbrio, garantindo que alguns permanecem no plantel e contribuem para títulos antes de partirem.
Os rivais internos
Os restantes candidatos têm discursos válidos, mas não apresentam a mesma consistência. Noronha Lopes tem experiência de gestão, mas não de futebol. Manteigas aposta na vertente financeira, mas carece de prova prática. Cristóvão Carvalho e Martim Mayer falam de orgulho e regresso às origens, mas sem a solidez que o Benfica exige neste momento crucial. O clube não pode ser laboratório de experiências. Precisa de liderança estável, credível e ambiciosa.
Conclusão
Rui Costa representa o equilíbrio entre coração e razão. É a alma benfiquista que viveu os maiores palcos do futebol mundial e que agora devolve ao clube estabilidade, milhões em receitas e um projeto de futuro ambicioso. Com Mourinho no comando técnico, o Benfica assume de forma inequívoca que quer o campeonato e que quer ir longe na Liga dos Campeões.
Os sócios têm, nas próximas eleições, a oportunidade de reconhecer este legado e de apostar na continuidade de uma liderança que já provou amar o Benfica, servir o Benfica e preparar o Benfica para vencer em Portugal e na Europa. Rui Costa não é apenas presidente. Rui Costa é o Benfica.
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