Sociedade

Num comunicado hoje divulgado, a organização começa por dizer que porque cerca de 60% das associações beneficiárias do referido programa são filiadas na RACMS, esta sai em defesa da “verdade e da boa imagem” das suas organizações membro, para repudiar tal atitude, perpetrada por um deputado da nação.

Prosseguindo, esclareceu que as associações beneficiadas pelo programa de financiamento da CMP foram selecionadas por concurso público, com protocolo assinado e o compromisso de apresentar relatórios semestrais, prestando contas de cada despesa feita, tal como acontece com programas de financiamento do Governo, entre os quais o concurso de subvenção financeira do Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, o programa BA CULTURA do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, entre outros.

“Adjetivar de “camaradas” um coletivo de 40 associações beneficiadas, associações estas formadas por diferentes tipos de pessoas, com diferentes ideologias, militâncias e afeições partidárias, é de uma irresponsabilidade imensurável”, lê-se ainda na nota.

Para a RACMS, afirmar que associações andam a “fatiotar” o dinheiro dos munícipes disponibilizado pela Câmara trata-se de uma “calúnia”, que prova que o deputado Euclides Silva desconhece, ou então negligencia propositalmente, o “excelente trabalho que várias organizações da sociedade civil da Praia tem desenvolvido um pouco por todos os bairros da capital”.

“Nem tudo é válido na política. É preciso respeitar o terceiro setor e valorizar o papel que cada instituição desempenha neste país. O trabalho que as associações tem feito, para amenizar o sofrimento das famílias, particularmente nestas épocas difíceis em que o país vive, é notório”, prosseguiu.

Ainda na mesma nota, a RACMS recorda que esta não é a primeira vez que este deputado faz “acusações sérias e infundadas” às associações e à própria RACMS, referindo que em Agosto de 2022, aquando da organização da manifestação “Stadu di Nason”, Euclides Silva, numa “clara tentativa de descredibilizar e fragilizar este ato cívico”, afirmou que a referida manifestação foi “encomendada por uma ala do PAICV”, sem nunca contudo, ter conseguido provar tais acusações.

“A Rede condena veementemente esta forma vil, leviana e baixa de se fazer política, mormente de um deputado da nação, de quem se espera responsabilidade, ponderação e respeito. A rede tudo continuará a fazer para preservar o bom nome e o respeito pelos preceitos éticos e morais do associativismo entre os seus membros, magnificando o honroso trabalho que é o serviço comunitário”, acrescentou.

Concluindo, a rede aproveitou para desejar um bom ano associativo a todas as organizações comunitárias, foco e muito trabalho, para que continuem a servir às famílias e ao país, incansável e altruisticamente, especialmente nestas épocas de sucessivas crises.