Abre na Praia primeiro parque de diversão de Cabo Verde
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Abre na Praia primeiro parque de diversão de Cabo Verde

O projeto nasceu há vários anos e ainda parou por três meses devido à pandemia, mas a aposta continuou e abriu o primeiro parque de diversão na Praia para atrair crianças e suas famílias.

Depois de vários anos em construção, o Parque de Diversão 5 de Julho, situado no emblemático parque com o mesmo nome, na zona da Fazenda, tinha inauguração prevista para 20 de março último, mas um dia antes o país notificou o primeiro caso do novo coronavírus e parou tudo.

“Foi muito frustrante, principalmente para nós e para os nossos clientes que estavam à espera de um espaço destes para aproveitar o verão com a família”, começou por recordar à agência Lusa Alícia Alves, diretora-geral do Parque de Diversão 5 de Julho. 

E o parque continuou fechado por mais três meses, abrindo as portas em junho, mas somente a área de restauração, seguindo-se posteriormente as piscinas para crianças e adultos, entre elas uma semiolímpica.

O espaço de diversão tem muitas outras valências, entre elas uma sala de festas, uma sala de conferências, salão de beleza e cabeleireiro, sala de brinquedos, um lago para bebés e crianças, lojas, tiro ao alvo, ginásios, palco para espetáculos.

E as grandes atrações e novidades em Cabo Verde são as piscinas do tubo-água, um de 12 metros e outro de nove metros, para adultos e adolescentes.

Na parte elétrica, há os carros de choque, que suportam 240 quilogramas cada, numa pista de 320 metros quadrados, mini-roda gigante, com 12 cabines e 24 lugares, e um carrossel.

“É um projeto pioneiro, não só na cidade da Praia, mas em Cabo Verde”, salientou a diretora-geral, indicando que o espaço já começou a receber muitos clientes, sobretudo aos fins de semana, nesta que é mais uma opção de diversão na capital cabo-verdiana.

“Estamos à espera de autorização para poder abrir a área elétrica e assim conseguir abrir o parque na sua totalidade”, previu a mesma responsável, indicando que a permissão deverá ser dada pelas autoridades de saúde cabo-verdianas ainda este ano.

Para Alícia Alves, o projeto nasceu para colmatar uma lacuna em Cabo Verde de um espaço direcionado não só às crianças, mas também às famílias.

Apesar de ainda não estar totalmente aberto, a diretora garantiu que o parque está “numa boa direção”, esperando melhores dias com a redução dos casos de infeção pelo novo coronavírus na capital do país.

“E estamos crentes que em 2021, ou antes, vamos ter uma abertura total do espaço e dar aos cabo-verdianos e estrangeiros uma nova opção e um novo conceito de entretenimento”, perspetivou a mesma responsável à Lusa.

Mas a covid-19 apanhou a todos de surpresa e Alícia Alves disse que está a ser um “momento difícil” para os empresários, tendo o parque despedido funcionários.

Neste sentido, aproveitou para pedir apoios ao Governo, a quem sugere para ser “mais consistente”, explicando que a área privada é o pilar da economia de qualquer país.

E por ser uma empresa que abriu em plena pandemia da covid-19, Alícia Alves disse que o Parque de Diversão 5 de Julho não foi contemplado com o ‘lay-off’ (modelo simplificado de suspensão dos contratos de trabalho em Cabo Verde).

“Mas conseguimos atravessar este momento”, salientou a diretora, indicando que há alguns recém-formandos em várias áreas que ainda estão em casa à espera da autorização para abertura na sua totalidade para começarem a trabalhar no parque, que tem o nome de 5 de julho em alusão ao dia de independência de Cabo Verde, conseguida de Portugal em 1975.

O investimento nessa infraestrutura é de 150 milhões de escudos (1,36 milhões de euros), apenas de empresários cabo-verdianos e sem financiamento bancário, indicou a diretora-geral.

“Por um lado, é bom, mas por outro é extremamente sufocante, mas graças a Deus estamos num bom ritmo e num bom caminho”, enfatizou, destacando ainda o facto de o parque ficar situado no bairro da Fazenda, considerado o “coração da cidade da Praia”.

E essa localização tem sido um chamariz para as pessoas de bairros vizinhos como Paiol e Achadinha ao espaço que tem paredes-meias com o Sucupira, o maior mercado a céu aberto do país, onde se vende praticamente de tudo.

Mas também das paragens das ‘hiace’ (viaturas de transporte público intermunicipal), entre muitos outros serviços, tornando-se numa zona de confluência e das mais movimentadas da cidade da Praia.

“E sempre que me encontram dizem muito obrigada porque aqui é um lugar que podemos vir a pé. Isso é muito bom, estamos no centro da cidade da Praia”, salientou a diretora.

Com Lusa

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