Cabo Verde tem dos melhores documentos legais e, talvez as melhores leis legislativas do mundo.
Os representantes políticos continuam a não cumprir o seu papel de trabalhar com seriedade e afinco para o bem-estar da nação e o seu povo.
Depois de analisarmos os factos referentes ao desempenho do nosso parlamento, a partir da abertura política e eleições “democráticas”, verificamos que afinal os parlamentares nunca foram pacíficos nos debates políticos e, a maioria tem demonstrado sinais de ser malcriados e ou mal-educados.
A Casa Para(lamentar) nacional deixou de ser apenas um espaço de ataques verbais para passar a ser um campo de batalha física.
Desde há muito, os insultos e acusações gratuitas nas seções parlamentares atingiram um nível insuportável e vergonhoso. Portanto, o episódio desta passada Sexta feira 9 de Novembro não foi muita surpresa para muitos de nós.
Como é do conhecimento de todos, no parlamento cabo-verdiano, não se debate assuntos de interesse nacional mas sim assuntos relacionados com a vida privada e publica dos eleitos. Ao fulanizarem os debates, em demasia, os resultados finais não poderão ser diferentes do que acabou de acontecer na Assembleia Nacional.
Pois, a agressão física foi o culminar das vias de facto. Se formos visitar as imagens dos acontecimentos no interior da Assembleia, constataremos que afinal desde a década de 90s esses casos veem sendo uma realidade parlamentar nacional. Quem não se lembra dos casos entre o Djon d’Djiny e o Silvino da Luz; Nha Mina e Jaime dos Tubarões; Eutrópio Lima da Cruz e António Tomar; Mário Cabral e Mário Fernandes; José Filomeno e Rui Semedo; José Maria Veiga e Carlos W. Veiga.
Tudo isso, sem termos que recordar a estória do Gualberto a fugir literalmente do Simão Monteiro e do JLL no decorrer do ano 1997.
Já o Deputado Orlando Dias não vale a pena estarmos aqui à gastar o tempo dos leitores porque só basta analisar o percurso deste para se concluir que, como muitos outros, de ambas as bancadas, não têm perfil nenhum de representantes do povo.
Portanto, como se vê, o historial dessa casa parlamentar é tudo menos pacífico.
Não é por acaso que existe uma predominância insuportável do uso dos artigos 144 e 123 do Regimento da Assembleia Nacional.
Esta casa Parlamentar está infestada de mal-educados que nada mais fazem aí do que gerar tensões de violência, e, só um pacto sério do regime poderá resgatar a urbanidade e respeito mútuo nos debates políticos, nessa Casa do povo.
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