
Janine Lelis enfrenta pressões intensas por tentar fazer o que é certo: pôr fim a práticas obscuras e colocar no comando alguém comprometido com ética, transparência e bem-estar dos militares. Esta não é uma guerra de egos, mas uma tentativa clara de salvar a instituição da decadência. A sociedade cabo-verdiana precisa estar atenta. O que está em jogo não é apenas uma nomeação, mas o futuro das Forças Armadas — e o próprio respeito pelo Estado de Direito.
A escolha do novo Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas (CEMFA) tornou-se um campo de batalha entre integridade institucional e a manutenção de um sistema enraizado de interesses e corrupção. No centro desta disputa está a ministra da Defesa, Janine Lelis, que quer nomear um novo CEMFA de sua confiança — não para favorecer um aliado, mas para romper com um ciclo viciado que há anos compromete a qualidade de vida dos soldados.
Enquanto isso, o atual CEMFA — Interino— movimenta influências internas e externas para impor um sucessor do seu agrado. O objetivo é claro: preservar o sistema que o beneficiou e manter viva a teia de proteção que garante o desvio de recursos e a impunidade.
Essa interferência compromete diretamente reformas urgentes. Soldados continuam a comer mal, a viver em instalações degradadas e a servir sob condições inaceitáveis — não por falta de orçamento, mas por má gestão e corrupção encoberta pelos próprios comandos.
Janine Lelis enfrenta pressões intensas por tentar fazer o que é certo: pôr fim a práticas obscuras e colocar no comando alguém comprometido com ética, transparência e bem-estar dos militares. Esta não é uma guerra de egos, mas uma tentativa clara de salvar a instituição da decadência.
A sociedade cabo-verdiana precisa estar atenta. O que está em jogo não é apenas uma nomeação, mas o futuro das Forças Armadas — e o próprio respeito pelo Estado de Direito.
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