Mais de algo eu tenho a certeza, CABO VERDE ESTÁ A PERDER! A perder excelentes profissionais e projetos inovadores. Estamos a perder a oportunidade de melhorar áreas essenciais, por não dar lugar, nem voz a várias pessoas que almejam ter a sua vez, para ser parte do mercado de trabalho cabo-verdiano. E mais não digo, para não ultrapassar a minha quota mensal de ignorância.
Em 2020 escrevi um texto reflexivo, movido pela situação pandêmica que me tinha proporcionado tempo para analisar vários aspectos da minha vida e do meio onde estava inserida. Continuo com a mesma vontade de contribuir para a melhoria de aspectos em concreto em Cabo Verde, tendo em conta as minhas aptidões e o propósito de Deus. Num dos parágrafos disse que:
“Eu escolhi falar, criticar, e quero desenvolver o meu país. Quero que os meus filhos, sobrinhos, netos, e bisnetos tenham a escolha de viver ou não em Cabo Verde, de estudar ou não em Cabo Verde. Quero que as gerações vindouras tenham a opção de escolha, não que sejam forçadas devido às condições do país. Quero e vou fazer o possível para tal, porque sou caboverdiana, tenho capacidades, tenho ferramentas, força de vontade e tenho a certeza que não sou a única.” (texto escrito em 2020).
Hoje, passados quase três anos, continuo com as minhas reflexões, não mais com uma visão ideológica, mas sim realista e fundamentada em princípios cristãos que como crente, tento seguir todos os dias. No outro texto tinha focado na passividade dos jovens e mencionado sobre uma minoria capacitada, que deseja e tenta dar o seu contributo. Atualmente o meu ponto de reflexão tem sido “SE CABO VERDE QUER A CONTRIBUIÇÃO DOS JOVENS”.
Digo isto baseado em várias situações de pessoas formadas: cursos profissionais, licenciatura, mestrado, entre outros. Que diariamente lidam com a frustração de emails não respondidos, cartas nunca lidas, audiências negadas, interminável tempo de estágio, rotatividade de estágios, propostas de melhoria ignoradas no lugar onde trabalham. Além de verem outros profissionais ocupando cargos, sem a formação adequada. Enfim, isto é um resumo de “n” situações que acontecem cada vez com mais frequência.
E desculpem a minha ignorância, pois são ponderações fundamentadas no meu “achismo”, sem nenhuma base. Até gostaria de ter a minha disponibilidade dados sobre este assunto, para poder falar com propriedade.
Mais de algo eu tenho a certeza, CABO VERDE ESTÁ A PERDER! A perder excelentes profissionais e projetos inovadores. Estamos a perder a oportunidade de melhorar áreas essenciais, por não dar lugar, nem voz a várias pessoas que almejam ter a sua vez, para ser parte do mercado de trabalho cabo-verdiano.
E mais não digo, para não ultrapassar a minha quota mensal de ignorância.
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