Política

O autarca em jeito de balanço aos jornalistas sobre o encontro que manteve esta tarde com o Presidente da República, José Maria Neves, disse que embora o Governo tenha declarado situação de calamidade no município de São Filipe e Santa Catarina, são precisos 105 mil contos para a reposição da normalidade.

Segundo garantiu, o Governo teve a oportunidade de constatar “in loco” os estragos causados pela água ao receber o relatório solicitando o valor, contudo, avançou, totalizando a execução do município e da empresa Estradas de Cabo Verde, o valor cedido situa 35% abaixo, com impacto directo no objectivo final da edilidade de repor a normalidade na ilha.

“Mas eu quero acreditar que existem para além do Fundo de Emergência, outras verbas que possam ser mobilizados através da parceria com o Governo nomeadamente o Fundo Rodoviário, o Fundo do Ambiente para ajudar São Filipe a repor a normalidade integral de estradas como de Albarca, Afonso Gil, estrada do Galinheiro Baixo, da Nossa Senhora da Luz” disse, alertando que várias estradas ficaram de fora da verba.

Conforme ressaltou, são necessários investimentos uma vez que apresentam alto poder social e económico para as famílias porque, sublinhou, fala-se de localidades que prevê produção abundante com a queda das últimas chuvas que, infelizmente, se encontram condicionadas no momento.

Nuías Silva disse que a edilidade tem mantido vários contactos junto das instituições na esperança de conseguir mais investimentos e atender os pedidos dos cidadãos, de entre eles, destacou a diáspora nos Estados Unidos da América que se mostraram dispostos a apoiar as crianças e no sector do desporto.

“Mas nesta paragem na Praia, de um dia, já mantivemos contacto com o embaixador da CEDEAO, já tivemos contacto com a embaixada da Rússia, Cooperação Luxemburguesa e vamos agora ter o encontro com a coordenadora residente das Nações Unidas” elencou, adiantando que o objectivo é explanar de forma consciente a situação da ilha e exigir a solidariedade das instituições.

“Para nós o que interessa são as pessoas, criar as condições para que os são-filipenses de Campanas de Baixo até Saltos, passando pela zona de Monte Largo até Campanas Cima, para terem as condições necessárias e suficientes para exercerem as suas actividades com a normalidade com que as exerciam antes” disse, realçando que a ilha foi afectada pelas chuvas nos meses de Julho, Agosto e Setembro.

O mesmo avançou que foram investidos, com recurso aos “investimentos extraordinários” de outros projectos, para a limpeza das zonas “que já está praticamente concluída” e reposição dos muros de protecção e acesso às localidades.

Nuías Silva destacou ainda ser fundamental “repor a normalidade no sentido preventivo” fazendo o “bom uso” da verba para que as próximas chuvas não provoquem a mesma quantidade de estragos, enfatizando a responsabilidade da câmara municipal em garantir a acessibilidade aos habitantes.