Guiné Bissau, Senegal e Guiné Conacri são os três países africanos, de entre as 120 “startups imigrantes”, com mais projectos selecionados, no âmbito do concurso de empreendedorismo direcionado aos imigrantes residentes no município da Praia.
Este, concurso promovido pela Câmara Municipal da Praia, em parceria com a Organização Internacional para as Migrações, teve início no dia 27 de julho e com o seu término no dia 10 de Setembro deste ano, visando apoiar e promover a integração dos imigrantes em Cabo Verde, fomentar a literacia financeira, capacitá-los em empreendedorismo e gestão de negócios.
O projecto visa ainda a criação de empregos, actividades empresariais e reforço da capacidade do município para recuperação da capacidade de auto sustento dos trabalhadores imigrantes.
Durante o concurso foram inscritos 227 projectos de imigrantes de várias nacionalidades, e desses projectos somente 120 foram selecionados.
Guiné Bissau, com 65 projectos seleccionados, posicionou-se em primeiro lugar, seguido de Senegal, 19, Guiné Conacri,12, Nigéria 7, Gambia, 5, Ghana 3, Cuba/Togo 2, e São Tomé,Burkina Faso,Costa de Marfim, Serra Leoa , 1,entre outros projectos.
Em termos de género foram inscritas 84 mulheres e foram seleccionadas 59.E em relação aos homens registou-se um número de inscritos maior do que as mulheres, com 143, dos quais 61 foram seleccionados.
O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, que presidiu à cerimónia de apresentação hoje, no parque 5 de Julho, disse que este projecto é de “grande importância” para esta comunidade que reside na Cidade da Praia, para melhorar a sua sustentabilidade no ramo de negócio.
O autarca explicou que este projecto surgiu para dar resposta à situação de crise em que vive esses imigrantes.
“O projecto veio para dar um conjunto de resposta para estes imigrantes que vivem aqui em Cabo Verde, mais concretamente no município da Praia, para ajudá-los a colmatar um conjunto de problemas que a situação da crise trouxe para eles”, disse.
O autarca afirmou, por outro lado, que a grande preocupação, neste momento, é com os projectos , cujos resultados ficam e perduram no tempo, sublinhando que, neste aspecto, a edilidade uer ter projectos que não acabam com o fim do projecto, mas sim que este continue.
Por seu turno, a representante da Agência das Nações Unidas para as Migrações (OIM), Quelita Silves Gonçalves, disse que a primeira fase deste concurso superou as expectativas, tendo registado 13,5% dos inscritos do que eram previstos inicialmente.
“Conseguimos ultrapassar a nossa meta, pois tínhamos a perspectiva de alcançar 200 inscritos e conseguimos 227, e isto nos dá mais motivação para trabalhar nesta área, “afirmou.
Os 120 concorrentes seleccionados vão receber a formação online e presencial brevemente neste centro de empreendedorismo, inaugurado hoje.
Startup imigrante é um concurso de empreendedorismo enquadrado no âmbito do projecto” fortalecimento da capacidade dos municípios da Praia para promover a recuperação económica dos trabalhadores imigrantes afectados pela pandemia da covid-19.
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