Parlamento. MpD fala em “geringonça” dos partidos da oposição para questionar “incontestáveis ganhos” da política externa
Política

Parlamento. MpD fala em “geringonça” dos partidos da oposição para questionar “incontestáveis ganhos” da política externa

O MpD acusou hoje os partidos da oposição de fazerem geringonça, colocando de lado questões prementes e desafios urgentes para questionar “incontestáveis ganhos” da política externa alcançados nos últimos anos pelo actual governo.

Esta posição foi hoje manifestada pelo vice-presidente do grupo parlamentar do MpD, Armindo da Luz, no quadro da interpelação do grupo parlamentar do PAICV ao Governo sobre a política externa nacional.

Este parlamentar começou por dizer que o PAICV, uma vez mais, coloca de lado “questões prementes e desafios urgentes” como o combate à pandemia da covid-19 e os seus impactos sanitários, sociais e económicos, para, “em geringonça” com a UCID, questionar os “incontestáveis ganhos” da política externa nos últimos anos, “criando narrativas de deriva inexistentes, com clara má-fé, ódio e malvadez”.

“O grupo parlamentar do MpD está ciente de que as perguntas constantes da interpelação não dignificam, em nada, a política externa cabo-verdiana. Estamos perante actos de campanha política partidária na vizinhança de eleições legislativas”, prosseguiu Armindo Luz, completando que o seu partido “demarca-se da lógica populista e eleitoralista do PAICV e da UCID, que colocam a lógica do voto acima dos superiores interesses que é servir Cabo Verde”.

Prosseguindo, o parlamentar acrescentou que o PAICV e a UCID continuam com uma “leitura enviesada” e interesseira na saga da caça ao voto, criando factos, na “tentativa clara” de colocar areia nos olhos dos cabo-verdianos.

“A política externa de Cabo Verde está boa e recomenda-se. A nossa Diplomacia é credível e respeitada. O PAICV quer confundir os cabo-verdianos quanto a Embaixadores de Carreira e Embaixadores que não são de Carreira. Todos os Embaixadores são políticos, ao serviço dos interesses de Cabo Verde e de todos os cabo-verdianos”, frisou, acrescentando que “a diferença é que as Embaixadas deixaram de ser sedes de campanha do PAICV para passarem a servir todos os cabo-verdianos”.

Armindo Luz afirmou ainda que se poderá exemplificar os “extraordinários resultados” das Embaixadas de Lisboa, Washington, Bruxelas, Luanda e tantos outros.

“Que os nossos cabo-verdianos em Nice sejam testemunhos da qualidade do serviço prestado actualmente. Hoje nenhum cabo-verdiano dorme à porta do Consulado, sob a chuva, frio e outras condições desumanas”, prosseguiu.

Ainda nas suas declarações, o parlamentar ressaltou que “os resultados extraordinários” da diplomacia cabo-verdiana, nesta legislatura, são resultados de um “trabalho árduo” e “abnegado”, com “proveitos indestrutíveis” para o País e para a Diáspora.

“O Governo augurou dinamizar a parceria especial com a União Europeia, tal como aconteceu com a paridade fixa do escudo cabo-verdiano com o euro em 1998. O Governo cumpriu, elevando a parceria especial para uma parceria estratégica, explorando a parceria para a mobilidade com a União Europeia”, acrescentou.

Armindo Luz falou ainda no aumento do pacote financeiro disponibilizado pela União Europeia no período 2016-2020, nomeadamente 30 Milhões de Euros para luta contra a pobreza, 20 Milhões de Euros de reforço da parceria e o apoio orçamental extraordinário superior a 30 milhões de euros.

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