O líder parlamentar do MpD, João Gomes, disse hoje que transformar desafios e dificuldades em oportunidades, tem sido o apanágio do povo cabo-verdiano e que neste particular, é inquestionável a ação dos governos de Ulisses Correia e Silva, que de 2016 a esta parte, viram-se obrigados a enfrentar e responder corajosamente e positivamente a desafios nunca antes vividos por nenhum outro Governo de Cabo Verde, desde a independência.
“As cabo-verdianas e cabo-verdianos reconhecem a coragem e a determinação do Governo liderado por Ulisses Correia e Silva”, disse o parlamentar na abertura do debate com o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, sobre “Economia Azul, Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável”.
“Cabo Verde é um pequeno País insular, caracterizado e conhecido pelas inúmeras contingências e desafios que a mãe natureza colocou no seu destino, mas também pela grande capacidade e tenacidade do seu Povo em os enfrentar de uma forma corajosa”, disse.
João Gomes disse que foi assim com as chuvas torrenciais de Santo Antão em 2016, que é assim com cinco anos consecutivos de seca, de 2017 a 2022, sendo três deles, secas severas só comparáveis aos anos 1940 e 1947, e que continua a ser assim desde 2020 com a Pandemia da Covid-19 e que desde 24 fevereiro deste ano com a guerra provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia, com nefastos efeitos, a fazerem sentir-se sobremaneira, em Cabo Verde e a provocar “mudança tectônica" a nível global.
“Mais que responder positiva e satisfatoriamente às constantes crises que assolam Cabo Verde, os Governos de Ulisses Correia e Silva, têm tomado medidas de políticas, reconhecidas pelos cabo-verdianos e pelos nossos parceiros internacionais, como adequadas a tornarem Cabo Verde, um País mais forte e mais resiliente aos desafios constantes com que somos confrontados”, afirmou.
Para João Gomes, os vocábulos, Economia Azul, Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável, passaram não só a fazer parte do léxico em Cabo Verde, como são hoje, conceitos que interpelam os cabo-verdianos para o desenvolvimento sustentado e à resiliência de Cabo Verde como Nação.
“Ambicionamos, sim, uma Economia Azul inclusiva e sustentável, enquanto importante acelerador do crescimento económico e catalisador da maior resiliência económica, mais emprego e bem-estar para as populações. O Governo quer transformar o extenso mar que nos circunda em Economia Azul num forte compromisso entre a economia e sustentabilidade, entre a exploração racional dos recursos e a preservação do ambiente e dos recursos costeiros e marinhos. Um forte compromisso entre a criação de riqueza, rendimentos e a produção de benefícios ambientais e climáticos”, continuou.
Segundo João Gomes, a visão do Executivo para a Economia Azul Cabo-Verdiana no horizonte 2030 é sustentada na transformação de Cabo Verde numa plataforma marítima e logística internacional e num país globalmente inserido na economia regional e mundial.
“É nesta linha e visão estratégica que o Governo criou a Zona Económica Especial Marítima em São Vicente para oferecer um quadro coerente e consistente para a atração de investimentos privados nacionais e estrangeiros no eco turismo ligado ao mar, na atividade portuária, nos transportes marítimos, nas pescas, na indústria, na aquacultura, na reparação naval e no bunkering”, continuou,
De igual modo, acrescentou, o Governo criou o Campus do Mar, em São Vicente, para dotar Cabo Verde de recursos humanos qualificados nos diversos domínios da Economia Azul através da formação técnica e profissional, da investigação, desenvolvimento e do ensino superior devidamente articulados.
Este parlamentar disse ainda que Cabo Verde é 99% mar e que este constitui um dos principais recursos naturais do País, pelo que, a boa gestão sustentável do sector marinho é essencial para o futuro, para o planeta, como um pilar estratégico de Desenvolvimento Sustentável.
“O mar é uma via de comunicação valorizada pela posição geográfica e fonte de recursos haliêuticos. Cabo Verde tem no mar um grande potencial de desenvolvimento e grandes perspetivas para o presente e futuro. A prioridade do Governo é transformar a exploração sustentável dos recursos em riqueza”, concluiu.
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