O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, anunciou hoje que, no quadro das prioridades para a economia azul, se vai incentivar o desenvolvimento de uma frota para a pesca de camarão soldado de profundidade.
O chefe do Governo defendeu que a economia azul é um dos objectivos estratégicos do seu executivo, que quer promover o desenvolvimento sustentável dos recursos marinhos.
Segundo ele, o propósito é, também, posicionar Cabo Verde como um centro de desenvolvimento de competências no domínio da economia azul, destacando a formação técnica e profissional e ensino superior.
O primeiro-ministro fez estas considerações durante o debate subordinado ao tema Economia Azul, Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável, uma iniciativa proposta pelo grupo parlamentar do Movimento para a Democracia (MpD-poder).
A meta, indicou o primeiro-ministro, é transformar Cabo Verde numa plataforma logística e marítima de referência.
Para o efeito, elencou um conjunto de acções, já realizadas ou em curso, no sector portuário, reparação naval, pesca, aquacultura, energia limpa, turismo e eventos náuticos internacionais.
Para o chefe do Governo, pretende-se posicionar o País como um “parceiro credível e útil na segurança cooperativa marítima”.
Para os objectivos que se pretende atingir, Correia e Silva apontou reformas, medidas, assim como investimentos implementados ou em curso, com destaque para a aprovação da Carta Política da Economia Azul, criação da Zona Económica Especial Marítima em São Vicente, que, de acordo com as suas palavras, constitui um quadro “coerente e consistente de políticas e incentivos” para a atracção de investimentos privados e parcerias público-privadas para o desenvolvimento da economia marítima.
Ainda no quadro dos objectivos do Governo, Ulisses Correia e Silva apontou a criação do Campus do Mar, o investimento no conhecimento, na ciência, na qualificação e na investigação, todos na ilha de São Vicente, como sendo os objectivos ligados à economia azul.
A preservação dos recursos do mar e a gestão sustentável dos recursos haliêuticos, através de políticas que visam a conservação da biodiversidade dos oceanos, as áreas costeiras e marinhas protegidas foram igualmente apontados pelo primeiro-ministro, indicando o desenvolvimento das pescas e da aquacultura através do reforço do quadro institucional, capacitação, incentivos, atração de investimentos e investimentos públicos na pesca artesanal e na pesca semi-industrial.
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