Em Cabo Verde saltamos etapas e implantamos cidades e cidadelas. Construímos estradas, para um ano depois rasgá-la, para colocação de um tubo ou cabo qualquer, que com um planejamento adequado era possível prever todas as infraestruturas subterrâneas a serem instaladas e possíveis negativos para instalações futuras.
O Planejamento de uma cidade tem seus custos, porém é um investimento cuja rentabilidade não se discute. Já o não planejamento custa mais e seus custos são imprevisíveis.
Há mais de 3000 anos que que vivemos juntos em cidades e desde então o planeamento tem sido uma ferramenta útil, para a organização, de modo a satisfazer a as necessidades imediatas, preparar para o crescimento e democratizar a nossas ruas. Hoje, em plena era democrática, as nossas ruas são cada vez menos democráticas do que foi no passado.
As cidades são pensadas para as pessoas, logo o centro das políticas urbana deve ser o bem-estar das mesmas. É uma necessidade urgente, desdobrar o Urbanismo de vertente mais humanista e uma refletirmos sobre o que o que é, afinal, uma cidade pensada para as pessoas.
A era industrial e os saltos tecnológicos posteriores facilitou a vida do homem num sentido, e noutro sentido, cegou a nossa racionalidade e nos levou a mutilar as nossas cidades. É animador, sentir que começamos agora a olhar para as nossas cidades de forma diferente, com preocupação nunca antes vista em qualquer outra época do século passado. Estamos a procurar soluções úteis que possam resolver os problemas urbanos. Apesar da nossa obsessão frequentemente pouco saudável com a tecnologia.
O planejamento é um processo cíclico, em que os resultados alcançados nas ações anteriores, são objetos de análises constantes, gerando realimentações para outras fases do processo.
Segundo McLoughlin o planejamento consiste nas seguintes etapas:
Avaliação preliminar à Formulação dos objetivos à Definição de alternativas (cursos de ação) à Avaliação das alternativas à Seleção das alternativas à Implementação
Em Cabo Verde saltamos etapas e implantamos cidades e cidadelas. Construímos estradas, para um ano depois rasgá-la, para colocação de um tubo ou cabo qualquer, que com um planejamento adequado era possível prever todas as infraestruturas subterrâneas a serem instaladas e possíveis negativos para instalações futuras.
Falando em concreto da Cidade da Praia. Para além da problemática do não planejamento adequado da urbanizações, a ganância do dinheiro tem causado danos avultados a cidade. Houve urbanizações muito bem planejadas, que, no entanto, fugiu-se do plano durante a implementação, onde canteiros, praças e áreas de lazer converteram-se em lotes vendidos as preço de ouro. A não disponibilização de lotes a preços acessíveis, para pessoas de Baixa renda, motivou a proliferação de bairros clandestinos na cidade, que é hoje, um problema de difícil solução, mas não impossível. SEREMOS FELIZES QUANDO INCULCARMOS NA NOSSA MENTE, DE QUE UMA CIDADE PLANEJADA E ORGANIZADA RENDE MUITO MAIS DE QUE LOTES VENDIDOS A TRÊS OU QUATRO MILHÕES DE ESCUDOS. A criminalidade, e os restantes problemas sociais que temos hoje na cidade da praia, podiam ser de menor amplitude se no passado tivéssemos lidado melhor com o planejamento da cidade. Não é necessário estudo para vermos que os maiores problemas sociais da cidade se concentram nos bairros mais desestruturados.
Só temos a Ganhar com um planejamento adequado das cidades.
O desenho é tão estético quanto pragmático. Podemos desenhar nossas ruas de forma serem agradáveis, funcionais, práticas e seguras. Isto não é uma utopia – foi assim durante séculos.”
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