Deputado do MpD por Santiago Sul acaba de publicar na sua página do facebook que informou ontem, quinta-feira, 21, o líder e o secretário-geral do partido que quer concorrer ao cargo de Presidente da República em 2021. E até já pediu a desvinculação do cargo de secretário-geral adjunto do MpD.
“Presidenciais 2021: Start Up!”, assim intitula Milton Paiva o post que esta manhã publicou no facebook e no qual se declara candidato às próximas eleições presidenciais em Cabo Verde. O deputado do MpD, eleito por Santiago Sul, diz que já informou inclusive o presidente do partido, Ulisses Correia e Silva, e ao secretário-geral, Miguel Monteiro, sobre a sua disponibilidade para concorrer nas próximas eleições presidenciais, numa conversa mantida ontem, quinta-feira, com os dois dirigentes.
“Informei ontem Sua Excia o Presidente do MpD e o Secretario Geral do nosso partido, a minha intenção e disponibilidade em concorrer como candidato presidencial às eleições de 2021”, anuncia o político, de 40 anos. “Cabo Verde é uma Nação multifacetada e intergeracional, onde a diversidade, a juventude, a ousadia, a inovação, e a abertura são fundamentais no desenho do presente e do futuro”, observa, adiantando ao mesmo tempo que já está a preparar a sua plataforma eleitiral.
“Estou a preparar uma «plataforma» politica aberta a companheiros do partido, pessoas de Cabo Verde e do Mundo, pessoas comuns que tenham interesse em participar, por essa via, do processo da governação e do nosso futuro comum. Temáticas como a educação nacional, o empreendedorismo, questões sociais e locais, Africa, e reforma e simplificação do Estado, estarão no centro dos tópicos do nosso debate e acção. Neste momento, temos algumas iniciativas legislativas em curso, nomeadamente, ligadas à temática do crowdfunding, mas haverá outras pertinentes e marcantes”, garante.
Segundo o deputado, “a «plataforma» terá suporte digital e também acções in person no terreno, funcionando como espaço de debate, conformação de politicas, mediação social e politica”. “Enquanto Deputado da Nação, tenho a honra de, por essa via, colocar o meu espaço e recursos técnicos e políticos ao serviço de uma comunidade mais aberta e global”.Estou a preparar um «plataforma» politica aberta a companheiros do partido, pessoas de Cabo Verde e do Mundo, pessoas comuns que tenham interesse em participar, por essa via, do processo da governação e do nosso futuro comum. Temáticas como a educação nacional, o empreendedorismo, questões sociais e locais, Africa, e reforma e simplificação do Estado, estarão no centro dos tópicos do nosso debate e acção. Neste momento temos algumas iniciativas legislativas em curso, nomeadamente, ligadas à temática do crowdfunding mas haverá outras pertinentes e marcantes.
O jovem político, jurista de formação e promotor e líder do Instituto Democracia e Desenvolvimento (IDD), acrescenta que “na decorrência desse novo projecto politico, por razões de lealdade e transparência”, já solicitou a sua desvinculação como Secretario Geral Adjunto (SGA) do MpD e membro da Comissão Politica Nacional (CPN), “de forma a poder dedicar-me com mais foco, liberdade e energia à função de Deputado Nacional e a este novo projecto. Permaneço empenhado nas grandes causas e desafios que Cabo Verde precisa vencer”.
“Tenho a elevada honra e oportunidade de ter estado a colaborar, a trabalhar e a crescer como dirigente do MpD e de Cabo Verde, nas mais variadas formas, circunstancias e posições, há cerca de 10 anos. Não é muito tempo, nem pouco. Nestes novos tempos sinto que as exigências são ainda maiores pelo que os ciclos também tem de ser novos. É preciso fazer um «upgrade» ainda maior da nossa capacidade e eficácia colectiva. Brevemente, estaremos a fazer a apresentação publica da plataforma”, anuncia.
Milton Paiva dá, assim, o tiro de partida nesta corrida pelos lados do MpD, que, em 2021, terá de apoiar um novo candidato presidencial assim que terminar o segundo mandato de Jorge Carlos Fonseca, daqui a três anos. Resta saber se o MpD irá apoiar Paiva ou se o partido tem em mente um outro candidato, como o próprio Ulisses Correia e Silva, segundo indicam alguns sinais vindos do partido ventoinha - a aposta em Olavo Correia como vice-primeiro-ministro deixa antever esse desenho (UCS para presidente, num cenário em que José Maria Neves seria também o candidato a ser apiado pelo PAICV).
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