João Santos Luís defende um novo rumo, com uma “nova forma” de fazer política, rompendo com o “ciclo vicioso de governação centralizada, promessas ocas e ausência de resultados”. Em conferência de imprensa, em São Vicente, o também deputado nacional fez um “balanço amargo” da governação do país.
O presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID) disse esta terça-feira, 30, no Mindelo, que o país precisa, urgentemente, de um equilíbrio político e de uma nova forma de fazer política, com resultados concretos e mensuráveis.
João Santos Luís teceu estas considerações em conferência de imprensa para fazer um “balanço amargo” da governação de Cabo Verde. Meio século após a independência, o líder da UCID disse ser legítimo perguntar se o povo é verdadeiramente independente, uma vez que, nestes 50 anos, dois partidos alternaram-se no poder, com maiorias absolutas e até qualificadas.
Tiveram todas as condições, mas falharam sistematicamente
“Tiveram tempo, estabilidade política, apoio internacional e a confiança do povo, mas com toda essa margem, falharam sistematicamente nas promessas que fizeram”, considerou Santos Luís. Por isso, ainda segundo o líder democrata-cristão, o partido acredita que o país precisa urgentemente de um equilíbrio político real e de uma nova forma de fazer política, “com coragem, com verdade e com foco nos cidadãos”.
A UCID propõe romper com o “ciclo vicioso de governação centralizada, promessas ocas e ausência de resultados”, referiu o deputado, marcando a posição do seu partido: “Não queremos mais discursos bonitos e campanhas cheias de espetáculo. Queremos ações concretas e resultados mensuráveis”.
Estado magro e não burocrático
Os democratas-cristãos propõem um Estado reformado e eficiente, “não inchado e burocrático”. Para tal, a UCID conta colocar em prática políticas públicas desenhadas a partir das reais necessidades da população e uma economia produtiva, que permita ao país gerar os seus próprios recursos.
“Um Governo que respeite a inteligência dos cabo-verdianos e que não governe com arrogância, mas com responsabilidade e escuta ativa”, avançou João Santos Luís, reafirmando estar a UCID pronta para o “equilíbrio, transparência e uma nova liderança, que Cabo Verde precisa”.
C/Inforpress
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