
Na ilha do Sal, o presidente do PAICV defendeu um “novo tipo de Estado" em Cabo Verde. "Esse novo Estado tem de ser um Estado (…) que ampara o cidadão e que cuida do cidadão cabo-verdiano”, disse Francisco Carvalho na Assembleia de Militantes, que aconteceu na noite de ontem, avançando que o partido está pronto para governar o país.
O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) defendeu na noite deste sábado, 15, na ilha do Sal, a “necessidade urgente” de reformular o papel do Estado em Cabo Verde.
Francisco Carvalho falava na Assembleia de Militantes que teve lugar no Clube ASA, na cidade de Espargos, defendendo que “a máquina estatal deve evoluir” para se tornar uma estrutura de "amparo e apoio direto ao cidadão”.
Criadas condições para um novo ciclo político
“Hoje, passamos o dia inteiro em contacto com as pessoas que visitamos. Falámos com toda a gente e sentimos alegria e acolhimento. Sentimos também um aspeto importante, que é a esperança”, sublinhou o líder do PAICV.
Francisco Carvalho alegou que essa esperança depositada pelos cidadãos é um momento de "grande responsabilidade" para o partido, indicando que todas as condições estão criadas para um novo ciclo político no país e uma nova governação.
Dirigindo fortes críticas à governação de Ulisses Correia e Silva, o líder do principal partido da oposição, referiu-se a "dez anos de enganação e de teatro" e apelou ao “fim das desculpas baseadas em crises externas, falta de chuva ou guerras”.
Um novo tipo de Estado
Para Francisco Carvalho – e esse foi o centro da sua intervenção – é necessário “um novo tipo de Estado em Cabo Verde, assente no princípio de amparo aos cidadãos.
"Esse novo Estado tem de ser um Estado que cuida do cidadão, que ampara o cidadão e que cuida do cidadão cabo-verdiano”, defendeu o líder do PAICV, para quem o papel do Estado deve ser o de "caminhar ao lado do cidadão", ajudando a concretizar sonhos e expectativas, especialmente em momentos de dificuldade ou desânimo.
Francisco Carvalho reiterou, ainda, os compromissos do partido em áreas sociais críticas, garantindo a sua determinação em resolver problemas inaceitáveis que afligem os cabo-verdianos.
No que se refere ao ensino superior, o PAICV defende a sua gratuitidade para os jovens que passam nos exames e a atribuição de bolsas para quem opte pelo ensino privado, desde que demonstre mérito.
Na saúde, o líder do PAICV afirmou ser inaceitável que o Estado permita que pessoas doentes não tenham condições financeiras para pagar a ficha de entrada no hospital.
Relativamente à habitação e, em particular, no tocante às casas de lata, a plataforma política de Um Cabo Verde para Todos garante uma “redução drástica” e a continuação do programa Casa para Todos, aplicando o conhecimento já adquirido.
Prontos para governar
“Estamos aqui determinados, com vontade firme, garantindo que estamos prontos, preparados, cheios de energia, cheios de alegria e com grande sentido de responsabilidade, para juntarmos todos e construirmos Um Cabo Verde para Todos”, disse ainda o presidente do PAICV.
Com a deslocação de Francisco Carvalho à ilha do Sal, o líder do principal partido da oposição inicia um périplo pelo arquipélago, visando reforçar a mobilização, a coesão interna e a ligação direta com os cabo-verdianos.
C/ Inforpress
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