O director da Televisão de Cabo Verde (TCV), António Teixeira, desafiou o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) a apresentar evidências sólidas de que aquela estação esteja a receber indicações do governo para não abordar determinados temas em suas coberturas jornalísticas.
O desafio foi feito num “protesto formal e preocupante”, dirigida ao presidente do PAICV, a respeito das acusações recentemente proferidas por membros do daquele partido em relação à Televisão de Cabo Verde (TCV).
“É com grande inquietação que tomamos conhecimento das afirmações que indicam que o PAICV acusa a TCV de receber indicações do governo para não abordar determinados temas em suas coberturas jornalísticas, o que configura uma intervenção clara por parte do partido em tentar condicionar o trabalho jornalístico informativo da televisão pública de Cabo Verde”, disse.
Prosseguindo, Tony Teixeira, realçou que o papel da imprensa e da mídia como um todo é essencial para uma sociedade democrática, pois desempenham um papel fundamental na disseminação de informações imparciais e objetivas e que a liberdade de imprensa é um pilar da democracia, permitindo aos cidadãos estarem informados de maneira independente e tomar decisões informadas.
“As alegações feitas pelo PAICV lançam sérias dúvidas sobre a integridade e a imparcialidade da Televisão de Cabo Verde, bem como sobre o seu compromisso com o jornalismo ético e responsável. Acusações de interferência governamental na mídia pública são preocupantes, uma vez que minam a credibilidade da instituição e podem levar a uma manipulação das informações transmitidas ao público”, continuou.
Conforme, Teixeira, é importante que tais acusações sejam tratadas com seriedade e transparência.
“Na sua qualidade de líder do PAICV, exorto-o a fornecer evidências concretas e verificáveis que sustentem essas alegações contra a TCV. A sociedade cabo-verdiana merece saber a verdade por trás dessas acusações e avaliar a credibilidade das informações apresentadas”, desafiou.
O director da TCV disse ainda que a estação pública de televisão já desafiou o PAICV a apresentar fatos concretos para comprovar essas alegações e que essa iniciativa é apoiada por muitos que valorizam a integridade da imprensa e a independência dos meios de comunicação.
“Espero que o PAICV atue com responsabilidade e transparência, fornecendo informações claras e detalhadas para respaldar suas alegações. Cabo Verde é uma nação que valoriza seus princípios democráticos e a liberdade de expressão. Qualquer tentativa de minar a independência da mídia vai contra esses valores e prejudica a confiança que os cidadãos depositam nas instituições públicas”, realçou.
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