CPR do PAICV de São Vicente demarca-se de lista para legislativas por “inegável e flagrante descaso e desrespeito” da CPN
Política

CPR do PAICV de São Vicente demarca-se de lista para legislativas por “inegável e flagrante descaso e desrespeito” da CPN

A Comissão Política Regional (CPR) do PAICV, em São Vicente, classificou hoje de “flagrante descaso e desrespeito” o processo de constituição das listas para as eleições legislativas, perpetrado pela Comissão Política Nacional (CPN), daí demarcar-se da mesma.

Em conferência de imprensa hoje, no Mindelo, a vice-presidente da CPR, Arlinda Medina, declarou que após a Comissão Política Nacional (CPN) proceder a “alterações profundas” na lista dos candidatos proposta para o círculo eleitoral de São Vicente, enviada pela CPR, “sem uma única articulação ou coordenação”, esta votou uma moção de rejeição à lista “imposta unilateralmente” pela CPN, com dez votos a favor e três contra.

“Da lista enviada ao CPN, alterou-se o cabeça-de-lista e, a um só tempo, as posições dos elementos na segunda, terceira, quinta e sexta posições”, denunciou a mesma fonte , que informou ainda que na busca do diálogo e da união do partido, o órgão regional solicitou a reabertura das negociações ao CPN.

Mas que, continuou, volvidos 25 dias após esse pedido “sequer a CPN se dignou a acusar a recepção” da solicitação da CPR, “muito menos respondê-la”.

Disse ainda que a lista enviada pela CPR colocava o presidente do órgão, Alcides Graça, como cabeça-de-lista por São Vicente e Josina Freitas como número dois, mas que a “mudança arbitrária” renegou Graça para a quinta posição na lista e catapultou Freitas para cabeça-de-lista.

Arlinda Medina esclareceu que a demarcação “da maioria dos elementos da CPR” da lista “imposta pela CPN” não ocorreu devido às alterações feitas, mas sim por “não concordar” com o modo “arbitrário e unilateral” como processo foi conduzido.

Da mesma forma, a Comissão Política Regional (CPR) do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), em São Vicente, manifestou discordância para com os nomes de Manuel Inocêncio Sousa, proposto pelo CPN para director da campanha eleitoral, e de Graciano Nascimento, para mandatário da lista.

“Mais uma vez formos desrespeitados e completamente afastados do processo de preparação e execução dos trabalhos inerentes à campanha eleitoral”, reafirmou a vice-presidente da CPR, que finalizou que o órgão regional continua a manter “total lealdade ao partido e disponibilidade para colaborar naquilo que for solicitado”.

Por outro lado, a Inforpress apurou que a demissão de Alcides Graça do cargo de presidente da CPR “está em cima da mesa”, pelo que um pronunciamento público deste deve ocorrer “ainda no decorrer desta semana”.

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