
A autarquia portonovense abriu várias frentes de trabalho no interior do concelho, tendo por principal objetivo a reabilitação de habitações, a recuperação dos sistemas de abastecimento de água, os caminhos vicinais e estradas danificadas, para dar resposta aos estragos provocados pela tempestade Erin. Em comunicado divulgado ontem, a Câmara Municipal diz que “ainda não recebeu nenhum centavo” do executivo liderado por Ulisses Correia e Silva.
A Câmara Municipal do Porto Novo tem vindo a abrir várias frentes de trabalho nas comunidades do interior do concelho, afetadas pela tempestade Erin, de 11 de agosto, para obstar à morosidade do Governo em remeter verbas para a reabilitação.
Reabilitação de casas em situação de risco, os caminhos vicinais e estradas danificadas, bem como a recuperação dos sistemas de abastecimento de água, respondendo às necessidades causadas pelos estragos da intempérie, é o objetivo principal.
Mas a criação das frentes de trabalho visa, também, a criação de emprego público, gerar rendimentos e melhorar as condições de vida das famílias mais fragilizadas.
Todo o trabalho realizado resulta do empenho da governação municipal
Segundo a Câmara Municipal, "tudo o que já foi realizado ao nível da reabilitação de vias de circulação, caminhos vicinais, intervenções em habitações, reabastecimento de água ou apoio às famílias resulta do empenho e dedicação desta equipa camarária”, numa subtil crítica ao poder central.
Recordamos que a presidente da autarquia, Elisa Pinheiro, tem vindo a criticar a “morosidade do Governo” no desbloqueio de verbas, no âmbito do Fundo de Emergência Nacional e dos apoios de parceiros internacionais, defendendo que o processo deve ser agilizado para “repor a normalidade nas comunidades devastadas pelas cheias".
“Desde o início, a câmara municipal deixou claro que o modelo de gestão dos recursos a serem destinados para responder aos estragos deixados pela tempestade Erin, e que foi adoptado pelo Governo, não serve e não tem servido os interesses do município do Porto Novo”, esclareceu a autarquia.
Câmara acusa Governo de afastar autarquia de todo o processo de reabilitação
Numa nota emitida ontem, a Câmara Municipal de Porto Novo vem, mais uma vez, apontar o dedo ao Governo, sustentando que o modelo encontrado para a reabilitação do concelho “afasta a câmara municipal de todo o processo de transferência e aplicação das verbas”, menosprezando “a tutela municipal, a gestão de proximidade e os princípios de eficiência e eficácia na gestão pública”.
Para a Câmara, liderada por Elisa Pinheiro, “quem efetivamente conhece as necessidades e prioridades dos portonovenses é o seu executivo municipal, que foi democraticamente eleito”, e reitera que esta posição “foi sempre clara, no sentido de defender os reais interesses do município e as necessidades das famílias”.
Mais, no comunicado, a autarquia alega que, desde que se estabeleceu o montante do apoio emergencial ao município, no valor de 184 mil contos, a Câmara “ainda não recebeu nenhum centavo” do executivo liderado por Ulisses Correia e Silva.
Foto: CMPN
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