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Ano lectivo: PAICV contesta sistema e promete luta “sem tréguas pela educação que Cabo Verde merece”
Política

Ano lectivo: PAICV contesta sistema e promete luta “sem tréguas pela educação que Cabo Verde merece”

O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) contestou hoje o sistema educativo e prometeu continuar a “lutar sem tréguas pela Educação que Cabo Verde merece”, ou seja, “mais inclusiva e com melhores oportunidades”.

Esta consideração foi feita em conferência de imprensa hoje, na Cidade da Praia, por Paula Moeda, na qualidade de membro da Comissão Política Nacional do PAICV, manifestando a “firme convicção” do papel deste partido na promoção das necessárias mudanças educacionais para atender às exigências educacionais.

“Somos todos convocados a participar no processo de educação permanente em Cabo Verde e a sermos capazes de transformar o Mundo em que vivemos hoje através da educação”, afirmou, desejando que este novo ano escolar seja melhor para melhores resultados.

Segundo Paula Moeda, a boa gestão do sistema educativo é determinante para o desenvolvimento das crianças e jovens cabo-verdianos, assinalando que o nível de organização do ministério ainda se encontra aquém do desejável.

Neste sentido, o PAICV, tendo em conta o momento atípico de crise e de perda de rendimento das famílias, exigiu o fim da cobrança das taxas adicionais, que diz ser ilegalmente cobradas nas escolas causando graves problemas às famílias.

“O PAICV vai continuar a lutar sem tréguas pela Educação que Cabo Verde merece. Vai continuar a lutar pela Educação que as nossas crianças, jovens, professores e famílias merecem. Lutar por muito mais educação, melhor sistema de ensino, mais inclusão e melhores oportunidades”, declarou.

Perante a “perturbadora” situação que diz afectar a maioria da população cabo-verdiana, a dirigente do principal partido da oposição exortou o Governo a agir com acrescida atenção, através do aumento do orçamento do Estado para 2023 no sector da educação, especialmente no reforço das verbas destinadas à alimentação nas escolas através das cantinas escolares para o ensino básico.

Entretanto, afirmou ser consciente da responsabilidade social que incumbe ao Estado num sector crucial como é o da educação, considerando que é chegado o momento, de o Governo assumir cabalmente os seus deveres constitucionais e cumprir integralmente com os postulados dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável e do comprometimento de Cabo Verde com a agenda 20/30.

“Somente cumprindo fielmente estes preceitos e obrigações poderemos almejar um futuro onde a qualidade do ensino seja realmente prioritária e nos conduza a um desenvolvimento sustentável”, sustentou.

Esta dirigente do PAICV diz constatar com preocupação o “processo avulso e descontinuado” das orientações do curriculum, por parte do Ministério da Educação, por classificar um “efeito perturbador e inconclusivo que não está devidamente elaborado e adaptado à realidade do País”.

“Qualquer reforma tem uma vertente formativa de acompanhamento, avaliação e retro-alimentação para melhor adequação à realidade”, argumentou, reforçando que a inexistência de estudos e conclusões nesta matéria e numa área tão sensível para o País como é a educação leva à conclusão de que estes erros não podem continuar a ser sucessivamente repetidos.

Na perspectiva do Partido Africano da Independência de Cabo Verde o sistema precisa de um novo olhar para uma nova acção, citando como exemplo, a sustentabilidade do ensino superior, a gratuitidade do ensino, e tendo em conta ainda o rácio alunos / sala e as crianças e jovens com necessidades educativas especiais.

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