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Portugal. Pessoas carbonizadas, aldeias evacuadas, e muitos desaparecidos no pior incêndio de sempre
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Portugal. Pessoas carbonizadas, aldeias evacuadas, e muitos desaparecidos no pior incêndio de sempre

Os números são assustadores e não param de aumentar: 57 mortos, dezenas de feridos e desaparecidos num incêndio em Leiria. A ajuda espanhola já chegou e a francesa está a caminho da “tragédia maior”.

Um enorme incêndio está desde ontem, sábado, a queimar tudo na zona de Pedrógão Grande, em Leiria, Portugal. Até este momento estão contabilizados 57 mortes, mais de 60 feridos e muitos desaparecidos, entre bombeiros e particulares (há crianças feridas). Aldeias estão a ser evacuadas. Pelo menos, 14 pessoas morreram carbonizadas dentro do carro ou a fugir das viaturas cercadas pelas chamas.

O incêndio mantém quatro frentes activas e está a mobilizar 687 operacionais, 224 viaturas e três máquinas de rasto. Os jornais portugueses e estrangeiros relatam que este é o pior e mais mortífero incêndio de sempre em Portugal. “Há memória de, em 1966, terem morrido 25 militares num incêndio na Serra de Sintra. E, depois disso, em 2003, foram duas dezenas as vítimas mortais. Mas não há memória de um número que se aproxima da meia centena, como o que agora se confirma na região de Leiria, e que tudo aponta que venha aumentar”, escreve o Expresso.

O secretário de Estado também revelou que a ajuda espanhola já chegou e que a francesa "está a caminho". Neste início de manhã, foram mobilizados 687 operacionais, 224 viaturas e três máquinas de rasto, e que os meios portugueses vão contar hoje com ajuda espanhola e francesa.

"O incêndio começa como um incêndio normal, mas às 18h deu-se uma mudança inesperada, em que ventos muito fortes, em conjunto com trovoada seca, propagaram as chamas, tornando-as impossíveis de controlar", explicou o secretário de Estado, apelando à "calma" e pedindo para não tirar conclusões antes de os técnicos fazerem o seu papel.

Muitas das vítimas mortais foram encontradas em carros e quatro estavam numa outra área junto ao Itinerário Complementar (IC) 8. Outras três morreram por inalação de fumos.

As chamas, que se alastraram aos concelhos de Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, mantêm quatro frentes activas, duas delas com "extrema violência". Ontem, o primeiro-ministro António Costa chamou-lhe "a maior tragédia de vidas humanas que temos visto em Portugal nos últimos tempos".

António Costa chamou-lhe “a maior tragédia de vidas humanas que temos visto em Portugal nos últimos tempos”, Marcelo comoveu-se com um abraço ao secretário de Estado que anunciou as mortes, o Governo diz que chegará o tempo de entender o que correu mal.

O director da Polícia Judiciária já descartou a hipótese de mão criminosa na origem deste incêndio em Pedrógão Grande. O Governo também afirmou que é muito provável que as causas sejam naturais e se prendam com os fortes ventos que se fizeram sentir na região a partir das 18h de ontem.

As autoridades cabo-verdianas já manifestaram a sua solidariedade com Portugal. O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, informou através da sua página pessoal na rede social Facebook ter telefonado ao homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa, para lhe transmitir “solidariedade nestes momentos trágicos causados por devastador incêndio”. “Solidariedade pessoal, mas também dos cabo-verdianos, seguramente”, acrescentou Jorge Carlos Fonseca.

O primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, também usou a sua página no facebook para, informalmente, prestar solidariedade para com Portugal. “Nossa solidariedade e preces. Uma tragédia atingiu Pedrógão Grande, Leiria, em Portugal. Muita força”, escreveu.

 

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Redação