O contra-almirante guineense Bubo Na Tchuto terá sido detido no EMGFA, na sequência da sublevação de um gruo armado, supostamente, ligado às Forças Armadas da Guiné-Bissau que esta terça-feira cercaram Palácio do Governo, onde as agências noticiosas relataram tiros nas imediações do Palácio do Govern, onde decorria uma reunião do Conselho de Ministros.
A página da Ditatura e consenso, do jornalista guineense António Aly, citando a Jeune Afrique, diz que "o presidente Umaro Sissoco Embaló disse estar seguro. A situação permanecia confusa enquanto, desde o início da tarde desta terça-feira, estava em curso uma tentativa de golpe".
"Estou bem, a situação foi controlada", disse Umaro Sissoco Embaló à Jeune Afrique por volta das 19h, horário local da Guiné Bissau. "Contactado por telefone, o chefe de Estado bissau-guineense garantiu estar no palácio presidencial. Ele especificou que os tiroteios, alimentados, haviam durado 5 horas e que havia “muitos mortos”. "São obra de elementos isolados", acrescentou, citado pela Jeune Afrique.
A situação, escreve o Ditadura e Consenso, manteve-se confusa em Bissau, nesta noite desta terça-feira, 1 de Fevereiro, enquanto no início da tarde ressoavam tiros no sector do palácio do governo. O Presidente Umaro Sissoco Embaló , assim como o seu Primeiro-Ministro, Nuno Gomes Nabiam, e ministros, estiveram presentes para um Conselho de Ministros extraordinário. O prédio foi cercado por homens fortemente armados.
À tarde, os militares em torno do palácio do governo, localizado na periferia da cidade, não muito longe do aeroporto, mantinham as pessoas afastadas. Um correspondente da AFP informou que um homem ordenou que ele se afastasse, apontando-o com sua arma. O entorno foi assolado por movimentos de moradores fugindo do local. Os mercados esvaziaram e os bancos fecharam. Muitos veículos militares carregados de soldados cruzaram as ruas.
Tensões dentro do executivo
Um comunicado de imprensa da CEDEAO divulgado à tarde considerou "os militares responsáveis pela integridade física" do Chefe de Estado e pediu-lhes que "regressassem aos seus quartéis".
Isso ocorre menos de uma semana após uma remodelação do gabinete, operada em 24 de janeiro, durante a qual o secretário de Estado da Ordem Pública, Albert Malu, foi demitido. Ele esteve na linha de frente do conflito que se opôs ao governo e ao presidente nas últimas semanas por causa de um Airbus A340 que veio de Banjul com o acordo presidencial. O primeiro-ministro disse inicialmente que o avião estava transportando carga suspeita e entrou no país ilegalmente, antes de voltar atrás. Jeune afrique
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