O dia do professor cabo-verdiano, que hoje se celebra, ficou marcado por algumas marchas e concentrações de protesto, a par da ameaça do sindicato nacional de uma greve aos exames do secundário em maio e junho.
“Durante a realização das provas, estaremos em greve e não há avaliação. O governo tem de resolver os problemas dos professores”, disse Jorge Cardoso, presidente do Sindicato Nacional dos Professores (Sindep).
Os professores de Cabo Verde “não têm razão para estar em festa”, acrescentou.
Em causa está o pagamento de subsídios relacionados com a carga horária, uma pendência que remonta a 2018, e reajustes salariais, entre outras reivindicações.
A contestação já dura há vários meses e há avaliações do primeiro período letivo que continuam congeladas.
O Governo enfrenta ainda a contestação de um grupo de 250 professores que começaram a trabalhar este ano, mas que têm recebido salários com atraso, vivendo com dificuldades nas ilhas para onde foram deslocados, devido a problemas burocráticos.
O arquipélago conta com cerca de 7.000 professores no ensino básico e secundário.
O Ministério da Educação tem prometido diálogo e resolução das pendências nos próximos meses.
No início do mês, o Governo anunciou que tem uma despesa adicional de 820 milhões de escudos (cerca de 7,4 milhões de euros) anuais com as correções aos vencimentos de quase oito mil professores, feitas ao longo dos últimos oito anos.
Numa mensagem alusiva ao dia, o Presidente cabo-verdiano, José Maria Neves, pediu hoje a "construção dos consensos necessários, de modo a evitar perturbações".
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