Esta é uma das conclusões da mesa redonda subordinada ao tema “Turismo na Ilha de Santiago”, realizada em Santa Cruz no passado dia 2 de Junho.
Dois painéis fizeram parte deste evento organizado pelo Ministério da Economia, a saber: Turismo Rural e de Natureza em Santiago e Turismo Urbano, Histórico-Cultural e de Negócios.
Os temas abordados são expressivos e espelham a preocupação da organização, que é recolher subsídios para a elaboração do plano estratégico nacional do turismo.
Assim se entende as explanações e as discussões que temas como, Áreas Protegidas Terrestres: Conservação Ambiental, Turismo Rural e População Local; O Desafio da Edificação de um Destino Sustentável; Projecto Raízes – Redes locais para a promoção do turismo sustentável e inclusivo; Turismo Rural de Natureza, pode Santiago competir nesse domínio? A que custos, oportunidades e desafios; Património Histórico-cultural e o Turismo na ilha de Santiago - duas faces para a valorização sustentável do território; Turismo Cultural na Ilha de Santiago; e Turismo de Conferências e de Negócios, suscitaram.
Com efeito, alguma luz se fez no que diz respeito ao turismo em Santiago, seus desafios e potencialidades, tendo-se concluído que Santiago é a única ilha de Cabo Verde que congrega todas potencialidades turísticas do país.
Na verdade, ilha maior do arquipélago possui um elevado potencial para o turismo de natureza, devido em certa medida ao interessante património histórico, cultural, natural e paisagístico, contando com um valiosíssimo património ambiental consagrado nas áreas protegidas, bem como um vasto património histórico-cultural e construído.
A condizer com tudo o que de particular pode existir numa ilha que tem o condão de ser o berço da nacionalidade cabo-verdiana, destaca-se a sua orografia e a espetacularidade das paisagens que aportam um elevado interesse turístico, bem como a sua cultura traduzida em festas populares, artesanato, produtos locais, como gastronomia e produtos da cana.
Neste contexto, e atendendo à tranquilidade e singularidade do território e das pessoas, a ilha deve diversificar a oferta turística, promovendo o turismo cultural, rural e o ecoturismo, através da criação de um novo destino turístico com rotas, programas e atracções baseadas no património histórico, natural e cultural.
Para o efeito, entende-se que faltam infraestruturas na ilha, desde logo a planificação e ordenamento urbano, mas também a organização da sociedade civil e as entidades públicas, de modo a preparar respostas condizentes com as suas potencialidades e os gostos e espectativas dos visitantes.
Assim, torna-se necessário desenvolver programas que envolvam as comunidades rurais, e que promovam redes entre a sociedade civil, autoridades locais e comunidades rurais, visando a divulgação de iniciativas culturais, sociais, ambientais e a oferta de atracções e infraestruturas turísticas.
Tudo porque, apesar do potencial que encerra, Santiago representa pouco nas estatísticas do turismo.
Assim, tal como o país, a ilha deve estudar, enquadrar e planificar as suas potencialidades turísticas, no sentido de responder as seguintes questões: Quem somos? O que poderemos ser? O que quereremos ser?
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