O presidente da Associação das Agências de Viagens e Turismo de Cabo Verde (AAVT), sugeriu a subsidiação pública no custo das passagens nas ligações inter-ilhas, para reduzir o custo das deslocações domésticas, alvancando assim o turismo interno. É assim é que acontece nas ilhas macaronésia como Açores, Madeira e Canárias.
“A competitividade do país passa pela integração do mercado e consequente reforço da mobilidade de pessoas e bens. Assim para lá da resolução dos problemas dos transportes marítimos em curso, urge criar as condições para as que passagens aéreas inter-ilhas para os nacionais sejam substancialmente reduzidas, para o bem do turismo interno, da economia nacional e da inserção competitiva de cada ilha no todo nacional e no mundo”, observa Mário Sanches, para logo de seguida lançar o desafio ao governo no sentido de “estudar mecanismos que levem à redução substancial dos preços das passagens, designadamente pela via da subsidiação, à semelhança do que se faz em outras paragens”.
O empresário, que falava no acto de empossamento como líder da AAVT, pretende colocar enfase na qualidade, “enquanto elemento essencial na diferenciação do serviço e um fator preponderante na satisfação do cliente”.
Neste contexto, melhorar a comunicação e marketing vai ser uma das apostas fortes do seu reinado, bem como a transformação dos agentes de viagens em consultores de viagens, consubstanciando-se na introdução da carteira profissional para agentes de viagens e profissionais do turismo.
As agências de viagens devem ser agentes promotores do turismo, Sanches chama a atenção a este respeito quando afirma que “sem que percamos a nossa essência de venda de bilhetes aéreos e marítimos, requalificando a nossa atuação junto aos operadores, hotéis e transportadoras, não devemos descurar a componente da promoção do turismo, sector que hoje representa mais de 20% do PIB de Cabo Verde”.
Neste item, Mário Sanches defende que “é tempo de nos reorientarmos de forma mais perentória para o turismo, promovendo e prestando serviços nos circuitos, roteiros e guias turísticos”.
Alguns constrangimentos que afectam as agências de viagens foram abordados pelo empresário, nomeadamente “a carga fiscal, o sistema dos transportes, a oferta hoteleira e a concorrência desleal”.
Poro outro lado, Sanches promete ficar atento em relação à TACV Internacional, sobretudo, agora com o Aeroporto Internacional Amílcar Cabral como o seu ponto de partida e de chegada, assim como ao impacto, para os passageiros, da sua nova marca.
“Como será a regulação neste novo contexto e em como tal afecta as agências de viagens e turismo?”, questiona.
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