O presidente do conselho de administração (PCA) da TACV-Cabo Verde Airlines afirmou hoje que a situação financeira da companhia “é critica”, situação que não permite “uma nova progressão salarial”, mas que administração tem estado aberto ao diálogo. Pedro Barros nega falta de diálogo com os aviadores da empresa, afirmando, pelo contrário, que é o sindicato dos pilotos que se tem optado por monólogos para defender os seus direitos.
Em conferência de imprensa proferida, esta segunda-feira, 5, para “reagir à conferência de imprensa do Sindicato Nacional dos Pilotos da Aviação Civil, SNPAC, feita de manhã, Pedro Barros considerou “uma injustiça” as acusações feitas pelo sindicato, que anunciou na ocasião uma greve geral dos pilotos a partir do dia 22 de Maio.
Informou ainda que o conselho administrativo tem “privilegiado” o diálogo para se chegar a um entendimento, frisando que há procedimentos que poderiam ser feitos de uma outra forma.
“O conselho sempre privilegiou o diálogo para o melhor funcionamento, a paz social é fundamental para uma empresa, principalmente a TACV-Cabo Verde Airlines”, explicou.
O PCA explicou ainda que as pendências existentes antes da privatização da empresa foram “discutidas” no ano passado com a mediação da Direcção-geral do Trabalho, em que se assumiu um conjunto de compromissos para resolvê-las.
O presidente esclareceu que a situação financeira da TACV-Cabo Verde Airlines “é critica” e conta com o apoio do Governo para funcionar, o que não permite uma nova progressão salarial, destacando que houve uma progressão salarial só dos pilotos de 2.5% (por cento).
Barros explicou que o salário está a ser pago, e vai ser pago no tempo estabelecido no dia 25 do corrente mês.
“O salário está a ser pago com alguma ginástica devido à situação crítica da empresa, mas o salário está, e vai ser pago no tempo estabelecido”, disse.
Disse ser legítimo e justo a progressão salarial, mas explica que a empresa não possui condições para fazer uma nova progressão.
Em relação ao “catering”, o PCA reconheceu o problema na Cidade da Praia e em São Vicente, mas esclareceu que está em negociações com a Escola de Hotelaria e Turismo de Cabo Verde para resolver o problema.
Relativamente a reivindicação do SNPAC, sobre o uso indevido de recurso para a nova companhia de transporte aéreos doméstico, a LACV, Barros ressaltou que é necessário que o sindicato faça uma “distinção” entre o que compete a gestão, e o laboral, esclarecendo que a gestão compete ao conselho administrativo e o accionista, ressaltando que não há uso e nem se quer indevido dos recursos.
O presidente informou ainda que foi criada uma comissão para resolver esses problemas, e que a empresa se encontra aberta para diálogos e chegar a um entendimento.
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