O vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, garantiu esta sexta-feira que o Governo vai triplicar o valor que o Estado coloca à disposição das instituições de micro finanças, ou seja de cem mil contos para trezentos mil contos.
O também ministro das Finanças falava aos jornalistas após um encontro com instituições de micro finanças de Cabo Verde, que teve sobre a mesa o ecossistema de financiamento e o rol de incentivos para a melhoria do sector.
Conforme avançou o governante, vai-se criar um quadro para que isso seja possível “rapidamente”. “É um salto extraordinário”, ressaltou o ministro, completando que, em função da boa utilização desse montante, o Governo e os parceiros estão disponíveis para continuar a aumentá-lo “para servir melhor as pessoas”, quer em quantidade de financiamento do montante, mas também em número de beneficiários que podem ser contemplados pela via da intervenção das instituições de micro finanças.
Entretanto, frisou Olavo Correia, isto deverá acontecer num quadro de “boa gestão, de responsabilidade e de retorno do crédito”.
Quanto ao encontro, o governante disse que foi “bom” e que há um quadro de “confiança, compromisso e responsabilidade” para melhor servir os cabo-verdianos em todas as ilhas de Cabo Verde.
“Nós nos comprometemos a melhor o quadro fiscal de incentivos às instituições de micro finanças, apoiar no processo de transformação, com assistência técnica, com formação pessoal”, revelou o ministro, acrescentando ainda um acordo para a criação de um balcão único de atendimento às instituições de micro finanças.
Olavo Correia falou ainda no compromisso para que possa analisar tudo que se relaciona com o crédito à agricultura, à pecuária e à pesca, sectores que, segundo disse, comportam riscos e que o Governo quer criar condições de acesso ao capital para acelerar toda a agenda de transformação que se quer imprimir nestes sectores.
"Que cada cidadão tenha uma conta bancária"
O vice-primeiro ministro e ministro das Finanças disse que o Governo quer que cada cidadão, que reúna condições, tenha acesso a uma conta bancária, no sentido de haver no país uma economia “mais formalizada”.
“Queremos que cada cidadão tenha acesso a uma conta bancária”, afirmou o ministro, avançando que o Estado vai começar a pagar “apenas a partir de uma conta bancária”.
“Nós não queremos pagar por outras vias, portanto, todo o cidadão cabo-verdiano que reúna as condições, em termos de idade, deve ter acesso a uma conta bancária”, defendeu Olavo Correia, adiantando ainda que se vai criar as condições para que isso aconteça e o Estado possa fazer todos os pagamentos via conta bancária. A ideia, na óptica de Correia, é ter uma economia cada vez “mais formalizada” e o Estado tenha todas as informações para gerir o quadro macroeconómico e que quadro macro fiscal.
O Ministério da Família e Inclusão Social, através do Centro Nacional de Pensões Sociais, informou esta semana, por seu lado, que o pagamento da Pensão Social passa a ser feito também através da transferência bancária, a partir de Novembro deste ano.
De acordo com uma nota informativa, além do processo que normalmente é feito através dos Correios, os pensionistas que querem passar a receber a Pensão Social através dos bancos devem entregar os dados bancários nos serviços sociais das câmaras municipais, no Centro Nacional de Pensões Sociais, na Cidade da Praia, ou no Gabinete de Atendimento, no Centro Nho Djunga, em São Vicente.
Com Inforpress
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