Bolsa de Valores como solução para financiar a economia? O seu presidente diz que sim
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Bolsa de Valores como solução para financiar a economia? O seu presidente diz que sim

A Bolsa de Valores de Cabo Verde pretende arranjar soluções para financiar a economia e, deste modo, beneficiar as empresas cabo-verdianas.

A Bolsa de Valores de Cabo Verde (BVC) tem condições para dar “um salto qualitativo” rumo aos novos mecanismos de financiamento às empresas cabo-verdianas, disse esta quinta-feira, 25, o presidente desta instituição, Manuel Lima. “O financiamento clássico praticamente está esgotado, há necessidade de apostar na inovação do mercado que sirva aos interesses do financiamento da economia, particularmente do Estado, mas também das empresas”, afirmou Lima durante o fórum 20 anos da BVC, celebrado sob o lema “Nosso país é o nosso maior valor”.

A titularização é uma das várias inovações apontadas por Manuel Lima, para quem esta é uma “forma inteligente” de responder à necessidade de financiamento interno das empresas. “Não sendo possíveis as formas clássicas de financiamento às empresas, é possível através da titularização. Temos o caso dos fundos do ambiente, do turismo e rodoviário que por essa via é possível utilizar no sentido de ter mais recursos a aplicar para o financiamento da nossa economia”, sublinhou Manuel Lima.

Segundo este gestor, a BVC pretende encontrar soluções inovadoras que passará a estar ao serviço da economia, mas também que pode beneficiar as empresas cabo-verdianas. Entre os principais temas apresentados durante o fórum estão “O financiamento da economia”, “O mercado de capitais e instrumentos de captação de capital”. Na ocasião, Manuel Lima informou que a capitalização da Bolsa cabo-verdiana ronda os 61 milhões de contos, e que neste momento a instituição conta com empresas que emitem obrigações e os municípios que se investem.

A Bolsa de Valores de Cabo Verde foi fundada a 11 de Maio de 1998, por decisão governamental através da Lei n.º 51/V/98 e, após uma reforma financeira profunda em termos de legislação financeira, visando transformar Cabo Verde numa atractiva e competitiva plataforma financeira, retomou em pleno a sua actividade em Dezembro de 2005.

A instituição nasceu com o propósito de proporcionar a todos os agentes económicos alternativas de investimento e financiamento, através da realização e intermediação de operações sobre valores mobiliários. Foi projectada para ser uma praça financeira internacional, “forte e credível, atractiva e competitiva” e ter destaque entre os países da CPLP e na região Oeste Africana a nível da qualidade, segurança e rapidez na prestação de serviços financeiros.

Com Inforpress

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