Um grupo de jovens e desportistas das localidades de Achadinha, Bairro e Várzea, zonas limítrofes do antigo Estádio Coco, está a mobilizar-se para incitar a Câmara da Praia a devolver o referido espaço para a prática desportiva.
Ao que apurou a Inforpress junto dos mentores de um abaixo-assinado, que já está a circular entre os moradores destas localidades da Cidade da Praia, os promotores vão solicitar a autarquia da capital que no espaço, onde se iniciaram as obras para um centro comercial, entretanto há muito paralisadas, volta a erguer um campo relvado, para servir os jovens.
Os promotores reclamam que, contrariamente aos demais bairros da capital, estas localidades são as únicas desta urbe que actualmente não têm acesso a infraestruturas desportivas para a prática do futebol de onze, razão pela qual pedem a autarquia para construir um campo relvado, em vez de espaço de lazer, anunciado pela actual equipa camarária.
O presidente da Câmara Municipal da Praia, Francisco Carvalho, já tornou público que o espaço onde se deu início em 2010/11, ao que seria um centro comercial, seria desmantelado e transferido para a Achada de São Filipe e que neste espaço seria construído espaço para lazer.
Os subscritores, contudo, defendem que nesta presente conjuntura, não é viável a construção de mais espaços de lazeres como praça, dada a onda de criminalidade que se faz sentir na cidade da Praia, ainda mais quando há escassos metros, existe espaço de lazer, devidamente equipado nos arredores do memorial Amílcar Cabral.
De resto ostenta a tese, os mentores desta iniciativa, que dado ao elevado número da população desta zona, na sua grande maioria composta por jovens, faz todo o sentido a devolução do Estádio Coco, infraestruturas que em tempo teve um papel fundamental na formação de grandes futebolistas, das referidas localidades, com o argumento que o Estádio da Várzea, o mais próximo da comunidade, é reservado exclusivamente às provas oficiais.
O Estádio Coco foi destruído em 2010/11 para se dar início a um centro comercial, com um orçamento inicial de 350 mil contos, mas foi interrompido depois de muitos ajustamentos, sobretudo financeiros, sem que se chegasse ao seu término.
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