Um grupo de empresários, constituído por 10 produtores musicais nacionais e outras pessoas ligadas ao sector da cultura vai assumir a realização do AME, depois da controversa decisão do Governo, através do Ministério a Cultura e das Indústrias Criativas, em retirar-se da organização do evento.
O AME tem agora como director-geral o produtor Augusto Veiga (Gugas), que em conferencia de imprensa, garantiu que até ao momento já conseguiram mobilizar apoios nacionais e internacionais a realização do VI edição do AME 2018, com data marcada para 17 , 18 e 19 de Abril do próximo ano. Um dos principais parceiros é a Câmara Municipal da Praia que não quer que o certame tenha um fim, porque é uma forma de, através da Cultura, atrair turistas para a cidade capital.
A Sociedade Francesa de Autores (SACEM) está também interessada em financiar o evento musical. O Governo, da sua parte, prometeu disponibilizar 10 mil contos através do Fundo do Turismo. Entretanto, o AME terá passa a ter menor dimensão quando comparado com as edições anteriores, mas manterá o mesmo formato.
Esta saída repentina do Governo da organização do AME agradou a uns, mas não foi bem aceite por outros tantos produtores e homens da música cabo-verdiana. O Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas explicou que mesmo sendo uma decisão bastante difícil, que o Executivo já não ia realizar o AME, porque o mesmo consumia um terço do orçamento de investimento do Ministério.
O produtor Djo da Silva disse estar magoado com a falta de comunicação do ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, sobre este assunto e sobretudo com a forma como o caso foi tratado pela imprensa dentro e fora do país.
O AME é uma feira mundial da música, realizada anualmente pelo Governo desde 2013 . Reúne na cidade da Praia músicos, managers, produtores, jornalistas, empresários, directores de festivais, agentes, distribuidores e outros profissionais de músicas de todo o mundo para troca de experiências e oportunidades de negócios no sector.
Em cinco edições consecutivas, o AME teve a participação de mais de 1.700 delegados, 105 show cases, entre esses 40 internacionais e 65 nacionais, 40 países representados, mais de 250 concertos com artistas cabo-verdianos no exterior, para além dos 15 artistas nacionais que foram internacionalizados e cinco contratos discográficos assinados, revela a nova direcção do AME.
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