Cabo Verde recebe a estreia do "Nós, Povo das Ilhas" no dia 04 de Julho, no Auditório Nacional, na Praia, marcando um momento de revisitação da história do país, conforme indicou Elson Santos, um dos realizadores do filme.
Em comunicado enviado à Inforpress, o realizador explica que o documentário retrata uma janela para a “memória e o debate essencial em desvendar a história por detrás de uma foto esquecida de guerrilheiros cabo-verdianos”.
A narrativa central foca-se numa operação militar da luta de libertação “ousada e pouco conhecida”, que decorreu em Cuba, com a intenção de preparar 31 guerrilheiros cabo-verdianos para uma invasão de Cabo Verde.
Embora a missão não se tenha concretizado, o treino serviu de base preparatória para a luta armada de libertação liderada por Amílcar Cabral e que viria a culminar na proclamação da Independência de Cabo Verde em 5 de Julho de 1975.
“O filme estabelece uma conversa íntima com cinco dos integrantes desse grupo, o ex: presidente Pedro Pires, Agnelo Dantas, Júlio de Carvalho (recentemente falecido e a quem o filme é dedicado), Silvino da Luz e a única mulher do contingente, Maria Ilídia Évora, conhecida por Dona Tutu”, lê-se na nota.
Segundo Elson Santos, a produção do filme enfrentou desafios, nomeadamente a dependência de financiamento externo e as dificuldades no acesso a arquivos audiovisuais que retratam a história de Cabo Verde.
O filme que estreou em Lisboa, Portugal, no dia 04 de Maio, vai ser apresentado na cidade da Praia, no Auditório Nacional, a 04 de Julho, e em São Vicente, no Auditório Onésimo Silveira, na Uni-Mindelo, no dia 11 de Julho.
Os comentários publicados são da inteira responsabilidade do utilizador que os escreve. Para garantir um espaço saudável e transparente, é necessário estar identificado.
O Santiago Magazine é de todos, mas cada um deve assumir a responsabilidade pelo que partilha. Dê a sua opinião, mas dê também a cara.
Inicie sessão ou registe-se para comentar.
Comentários
Xuxu Pé de Ferro, 24 de Jun de 2025
Em português perfeito seria «nós, o povo das ilhas». Em kriolu é que é «nos, povu das-ilia». Em todo o caso, essa história da formação desses guerrilheiros cabo-verdianos não é «pouco conhecida». É muito bem conhecida. Mas parabéns aos realizadores por nos trazerem à memória quem batalhou para que deixássemos de ser colónia. Mal ou bem, será um juízo da história.
Responder
O seu comentário foi registado com sucesso.