Colunista

A vida é uma dinâmica, com a sua matriz essencial em compostos multi-dimensionais. Significa, que quanto mais ampla for a nossa cosmo-visão, melhor resposta damos aos desafios que ela nos impõe. Fixar a nossa mente em uma única direção da vida, como se ela fosse linear, é uma auto-limitação; reduzindo a nossa ação, numa perspectiva diminuta, formando a incapacidade interna de superarmos situações adversas e delicadas.

Muitas pessoas não conseguem ter uma visão multi-dimensional, é justamente por causa da perspectiva limitada diante da vida. Na ausência de uma visão multi-dimensional, sofremos perdas em dimensões largas, reduzindo a nossa existência ao fatalismo e á inércia.

Não podemos ficar prisioneiros de uma visão pequena e profundamente endógena. É preciso sairmos da caverna pessoal, dos nossos paradigmas mentais, da auto-manipulação e do poder da utopia. A própria construção da inteligência requer uma visão multi-dimensional.

O cientista e pensador, Augusto Cury, no seu livro principal, trata de um assunto, cuja matriz é de ondem da construção da inteligência. A inteligência multi-focal, é o tema central do livro. Uma abordagem significativa e profunda no que concerne à autenticidade da inteligência e toda a sua roupagem adjacente.

A visão multi-dimensional traça um perfil cujo substrato se traduz em resiliência, fé racional, compreensão clara da realidade, maturidade emocional e psíquica. Problemas não vencidos, lutas cíclicas, a incapacidade de superação, tem a ver com a nossa visão permanente e não numa dinâmica de inteligência. Formatada na perspectiva da multi-dimensionalidade. A multi-dimensionalidade da inteligência, facilita o caminho, amadurece as decisões; quebra o senso negativista, e refaz a esperança.

A nossa mente acaba se projetando numa dimensão crescente e inteligente, dependendo da construção da nossa inteligência. Todo o campo da luta ou da conquista, reside-se ao nível da mente. Frases como: eu não consigo mais, já não existe outra solução, tudo acabou, nada mais resolve para mim, sou a pessoa mais infeliz do mundo, ninguém gosta de mim, não farão parte no dicionário emocional daquele que decidir transformar a sua visão pequena, numa visão "multi-focal", que é, por conseguinte, uma visão que não se fecha nas encruzilhadas. Não se prende ao imediato e nem tão pouco se estabelece numa matemática subjectiva. Visão que projeta, que vá em busca de novas portas, e jamais se curva como que se tudo acabou numa única via. O caminho continua, porque a visão manteve.