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Quando a política se faz com nobreza
Colunista

Quando a política se faz com nobreza

É preciso resgatar os valores de uma política credível, restaurando a visão democrática, que ampara e transforma lágrimas em sonhos.

A nobreza deve fazer parte da política ou a política sem a nobreza é pobre e medíocre? Parece evidente, que a política sem a nobreza se torna ineficaz em vários aspetos. Senão vejamos: quando as ambições políticas não são norteadas pela ética e princípios humanos, como o desenvolvimento do indivíduo, o bem-estar, a felicidade e a justiça social, então estamos perante um quadro complexo e contraproducente.

Por mais que a política tem sido alvo de normalização e relativismo, nada poderá extinguir os anseios inerentes dos que acreditam que o único caminho para mudar a história e emergência de novos sonhos, está numa política cuja matriz é a nobreza.

A nobreza é o formato cujo invólucro não se incorpora nas falsas promessas, propostas ilusórias, populistas e superficiais. O corpo da nobreza, é o vislumbre de uma esperança que não se desvanece, mas que prevalece. Tudo sem a nobreza, é pobre e tudo que é pobre não terá a sua durabilidade.

Por mais que queiramos "banalizar" a política, a história poderá reescrever um novo capítulo com nuances inéditas e compostos surpreendentes. Quando pensamos que o caminho seria cíclico, mantendo na mesma senda calculista e previsível, os resultados reeditam novos percursos, paradigmas novos e novas plataformas. Manter no mesmo, é paralisação e a nobreza é o único elemento que desfaz a incoerência e refaz a lógica de uma política que coloca o indivíduo no centro das prioridades. É um valor humano que reconhece a grandeza e a dignidade do indivíduo em todas as dimensões.

O egoísmo, a ambição desmedida e um olhar que se fecha numa singularidade exclusivista, não tem espaço numa visão onde a nobreza é a essência. Sim, a essência é a nobreza e a nobreza é a essência.

O bem-estar holístico devia ser o ponto fulcral de toda a política que deseja transformar a realidade social e humana num composto positivo e benéfico. Onde impera a igualdade, dignidade, felicidade e bem-estar integrado. A imparcialidade e a coerência, deviam ser ações que marcam uma política transformacional, cuja matriz se fecha numa base sólida, zelando para o bem comum e respondendo os anseios mais nobres e dignos dos cidadãos. Não se faz uma boa política sem a nobreza, de outro modo, tudo seria pobre, pura falácia demagógica e medíocre.

É preciso resgatar os valores de uma política credível, restaurando a visão democrática, que ampara e transforma lágrimas em sonhos.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine

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