Colunista

Já lá vai o tempo em que os Eunucos eram os homens que cuidavam das muitas mulheres nos haréns ou eram serviçais nos palácios, pois eram os únicos homens com acesso às famílias reais, durante a Idade Média.

Para que não caíssem em tentação, eram castrados. Aliás, era uma condição imperativa para se ser Eunuco.

A castração de forma literal, como era feito antigamente, já não existe. Actualmente existe um outro tipo de Eunuco: o “Eunuco de Opinião”.

Hoje em dia existem aqueles que aceitam castrar a sua capacidade de discernimento ou de opinar, para garantirem influências, poder, ou favorecimento vindo de algum político no poder ou candidato a um cargo público de destaque.

Muitos só são “Machos” corajosos nas redes sociais, que usam como campos de batalha para destilar ódios e ofensas; são ásperos na linguagem e, até por vezes, obscenos e indelicados.

Escrevem o que for necessário para promover um político ou candidato, mesmo que o mesmo seja incompetente ou desajustado para a função.

Eles não os defendem por seguirem uma ideologia ou para defenderem um ponto de vista mas sim, por medo do que podem vir eventualmente a perder.

O triste é vê-los no “frente a frente”…normalmente acobardam-se e a bravura desaparece. Muitos encolhem-se em cadeiras com medo de serem reconhecidos.

A razão porque existem é simples: ainda há políticos que precisam desses massageadores de egos, destes bajuladores, lambe botas…para se sentirem importantes.

Estes “Eunucos de opinião”, são autênticos serviçais inférteis, castrados de valores morais.

Existe em Cabo Verde, um crescimento exponencial deste tipo de Eunucos. Servem e servem-se da “família real” política, desferindo golpes a quem ousa desafiar ou criticar o sistema.

Tentam enganar os incautos, promovendo o medo, distorcendo a realidade ou até a própria história do país, para justificarem erros grosseiros, desta política interesseira e desnorteada.

Precisamos de mudanças em várias áreas, e precisamos efectivamente de uma liderança firme e transparente.

Já chega dessa corja cujas atitudes não representam o povo das ilhas afortunadas.