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Os desafios das novas gerações: O MELHOR PARA TODAS AS PESSOAS!
Colunista

Os desafios das novas gerações: O MELHOR PARA TODAS AS PESSOAS!

O Inquérito Multiobjetivo Contínuo (IMC), do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), ao analisar as Estatísticas das Condições de Vida dos Agregados Familiares em 2023, revela que cerca de 61 mil caboverdeanos vivem em casas sem casa de banho. 61 mil almas! Mesmo que fosse um único caboverdeano sem casa de banho, justificaria - mesmo assim - o empenho do Estado. O total empenho! Afinal, não é este um dos lemas mais importantes da própria Nações Unidas, que defende "não deixar ninguém para trás"?

1. O nosso país de hoje é o resultado do contributo de várias gerações. Poderíamos dizer que os "Claridosos" lançaram a semente da libertação de pensamento; Amílcar Cabral e os seus camaradas trouxeram a "independência" do período colonial; Pedro Pires e Aristides Pereira e mais camaradas lançaram as bases para a "construção do Estado e deram a abertura para o multipartidarismo" (1975 a 1991); Carlos Veiga liderou os primeiros dez anos da "democracia", nos anos 90; José Maria Neves (2001-2016) construiu as bases da nova infraestruturação de Cabo Verde, com portos, aeroportos, estradas asfaltadas, hospitais, delegacias de saúde, barragens, universidade pública, etc.;

2. Agora, é hora de se aprofundar o "desenvolvimento humano" com "segurança humana" e "qualidade de vida". Tudo isto pode ser medido através de indicadores das grandes áreas como a saúde, a educação, o emprego, a segurança e a habitação para todos e com dignidade;

3. Não há habitação digna sem casa de banho. Não pode haver situação mais degradante do que voltar à casa ao fim de um dia de labuta e não ter casa de banho. Pior ainda se for uma mulher... Os homens desenrascam-se, mas uma mulher!? Há ainda aquela vergonha de convidar familiares para irem lá à casa fazer uma visita;

4. O Inquérito Multiobjetivo Contínuo (IMC), do Instituto Nacional de Estatísticas (INE), ao analisar as Estatísticas das Condições de Vida dos Agregados Familiares em 2023, revela que cerca de 61 mil caboverdeanos vivem em casas sem casa de banho. 61 mil almas!

5. Mesmo que fosse um único caboverdeano sem casa de banho, justificaria - mesmo assim - o empenho do Estado. O total empenho! Afinal, não é este um dos lemas mais importantes da própria Nações Unidas, que defende "não deixar ninguém para trás"?

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SOBRE O AUTOR

Francisco Carvalho

Político, sociólogo, pesquisador em migrações, colunista de Santiago Magazine

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