O exercício do bom senso e da sabedoria
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O exercício do bom senso e da sabedoria

Em toda a história humana, sempre que os interesses individuais foram priorizados antes do coletivo, as ameaças foram certeiras. O bom senso nos chama à realidade e à assertividade. Não há caminho escuso e contraditório na presença da sabedoria. Tudo fica mais claro e cristalino. As dúvidas são dissipadas e a certeza deixa de ser uma hipérbole.

Quando os interesses se afloram e a busca pelo protagonismo se desabrocham, dificilmente o bom senso e a sabedoria entram na lista de princípios condutores e reguladores. Neste caso, estamos diante de um quadro de indefinição de propósitos e a hierarquia de objetivos ou prioridades em causa.

Em qualquer decisão e sobretudo nas que representam definições de relevo e decisivas, não se pode jamais imiscuir-nos da "razão pura" no que diz respeito ao que é hierarquicamente relevante e ao que é relativo. Entre o que é absoluto e o que é relativo, há uma diferença abismal e devemos saber equacionar esta questão. Neste caso, o absoluto é aquilo que realmente faz sentido e preenche todos os meandros necessários para um fim determinado. Aquilo que realmente consta como verdadeiro e válido; sem qualquer dúvida ou especulação.

Categoricamente no bom senso não pode haver instrumentos da subjetividade. Aliás, o que pode desfazer o progresso ou o avanço, é quando a subjetividade assume uma posição, que ponha em causa a razão e a sabedoria. Se desejarmos atingir metas importantes no processo decisório, precisamos abraçar a sabedoria, que, por conseguinte, está muito ligada ao bom senso. Quando impera o bom senso e a sabedoria, os interesses comuns e coletivos são salvaguardados.

Na hipótese de não houver o bom senso como instrumento decisório e crucial, teremos o fenômeno da discrepância, que por sua vez, gera o descrédito e resultados frustrantes. Os maiores sábios da humanidade não fizeram uso do instrumento pessoal e nem da afinidade nas grandes decisões. Debruçaram sobre instrumentos de análise imparcial e profundamente sólidas. Nas grandes decisões, a afinidade, a imparcialidade e a subjetividade devem ser subjugadas ao crivo do bom senso, da sabedoria e da "razão pura". Não podemos correr o risco de perder grandes batalhas, produzir o anátema, usando instrumentos que traduzam em resultados inesperados.

Em toda a história humana, sempre que os interesses individuais foram priorizados antes do coletivo, as ameaças foram certeiras. O bom senso nos chama à realidade e à assertividade. Não há caminho escuso e contraditório na presença da sabedoria. Tudo fica mais claro e cristalino.

As dúvidas são dissipadas e a certeza deixa de ser uma hipérbole.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine

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