Mpd e a Recorrente Falácia de “Investimentos Estruturantes"!
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Mpd e a Recorrente Falácia de “Investimentos Estruturantes"!

Hoje, temos em Cabo Verde, um governo que é uma espécie de um grupo de amigos, orquestrados em um sistema que foge das suas responsabilidades governativas e que não apresentam ao povo as grandes opções do plano para o desenvolvimento e a transformação destas ilhas, e, saltita de casos em casos, fabrica e abraça vagas especulações, dando sempre vã esperança ao povo.

Nos dias que correm onde muito se fala de bruscas alterações climáticas que por vezes se mostram extremos, qualquer governo que se tem por responsável e que priorize o bem-estar e a proteção dos seus cidadãos, direcionaria uma boa parte da sua ação governativa no sentido de debelar as fragilidades que podiam comprometer investimentos tanto públicos como privados que seriam alvo de ocorrências de ordem climatérica.

Destarte, podemos questionar: há necessidade em se preocupar e participar em conferências e eventos internacionais nos quais as alterações climáticas estão no centro das discussões?

Em Cabo Verde, a maioria que sustenta o governo, embora como partido político, fala muito das alterações climáticas e do efeito nocivo das ações humanas no meio ambiente e nos oceanos, como o governo tem deixado muito a desejar. Assistimos, vezes sem conta, as tiradas do núcleo radical do Mpd e do seu governo contra todos aqueles cuja visão atenta e centrada em questões sociais básicas que afligem o dia a dia das populações em diversas localidades deste país. Rebatendo tal facto, aparece o Mpd não tomando em conta os subsídios daí advenientes, mas sim, nutrindo uma obsessão em buscar vínculos e tentativas de colagens das diversas personalidades que lhes opõe a "esquemas" fabricados, na maioria das vezes tentando assassinar o bom nome e o caráter dos cidadãos que não soletram na cartilha verde.

Hoje, assistimos com tamanha veemência, de forma despudorada, e até cansativa e frustradas tentativas de colar o Cidadão Francisco Carvalho a vários casos, muitas vezes estribados em argumentos tão frágeis que acabam morrendo logo à nascença. Porque, aos "rabentolas", aplica-se-lhes o adágio popular: "o jogador por si se julga", e pensam que todos os políticos são iguais a eles.

Aliás, o MPD deve assumir a paternidade total dos seus filhos queridos, que estão como órfãos hoje, negado e renegado pelos próprios progenitores, alguns quase atingindo a maioridade como: o caso do Mercado do Coco, as ações da Caixa Económica de Cabo Verde, os 150 mil contos para a Rotunda da avenida do Aeroporto, os terrenos da Praia, a privatização dos TACV, o aumento dos salários dos gestores dos TACV ou os misteriosos contratos com a CVI e demais opacidades na gestão da coisa pública. Estes exemplos trazem a evidência o fato de que o Mpd tenta criar fatos para distrair a opinião pública e através dela surfar em aventuras amadoristas sobre opções prioritárias para o País.

Um Mpd que teima em diminuir a percepção da sociedade cabo-verdiana muitas vezes cunhado por um sistema judicial que deliberadamente "ka ta djobe pa lado" nuns casos públicos gritantes para, de contrário esconder a cabeça ante casos que publicamente "gritam" perante toda uma Nação.

Hoje, temos em Cabo Verde, um governo que é uma espécie de um grupo de amigos, orquestrados em um sistema que foge das suas responsabilidades governativas e que não apresentam ao povo as grandes opções do plano para o desenvolvimento e  a transformação destas ilhas, e, saltita de casos em casos, fabrica e abraça vagas especulações, dando sempre vã esperança ao povo. Vejamos o caso mais gritante:

O exemplo cristalino dessa enorme falta de visão em investimentos impactantes para a transformação do País, são as duas recentes e consecutivas ocorrências meteorológicas nalgumas cidades cabo-verdianas, que infelizmente o destinos lhes têm colocados à prova, em alguns casos, abandonados à sua sorte e carregados de promessas vazias, visitas guiadas pelas câmaras de televisão pública, choro de bebé birrento quando a TCV não faz a cobertura das suas visitas, e, ações para resolver, concretamente os prejuízos causados, “nem fumo nem mandod”. A título de exemplos temos os casos de: Mindelo, Calheta de S. Miguel, Santa Cruz, Santa Catarina e Tarrafal de Santiago.

Ora bem, tratando-se de centros Urbanos localizados nas embocaduras ou fozes das ribeiras, devia no mínimo haver intervenções mesmo que pontuais nos vales e encostas adjacentes localizados a jusantes destas. Intervenções essas que deviam e devem ser irrestritas a épocas mais críticas, mas, ocorrendo no quadro de uma profunda intervenção que supere ao máximo os riscos dali emanados. Embora saibamos que estruturação de tal natureza nunca constou das políticas públicas levadas a cabo pelos governos do Mpd, mormente onde temos investimentos do governo anterior, que saltam à vista e abandonados sem sequer receber manutenção.

Mesma coisa para vales agrícolas (Da Ilha de Santiago) que passam anos a fio sem nenhuma obra de correção nem das encostas nem dos leitos, comprometendo sempre a meio prazo as linhas de água que derramam durante os períodos pluviométricos.

Nota-se que desde os idos anos de 2016 o Mpd – com as suas Vestes Vedes, tem criado uma falsa e falaciosa narrativa de que investir em obras de Conservação de Solos e Água nas ribeiras e encostas seria "enterrar o dinheiro público" em obras que não possuem valor nenhum e muito menos estarão algum dia no rol das empresas e instituições públicas a serem privatizados aos amigos do poder para viverem à grande à francesa. Tão óbvio é o propósito deles, que bastou chegarem ao poder para que as obras de natureza rurais deixassem de ser programadas e muito menos financiadas. Atitude semelhante para a construção das estradas que simplesmente deixaram de ter bermas, valetas ou muros de apoio, deixando dessa forma expostos todas as fragilidades que possam encurtar a vida útil das mesmas.

Para mais e não menos importante, está para se perceber o porquê de em um País dotado de um Instituto Meteorológico, haverem duas ocorrências climáticas extremas, consecutivas sem que fosse emitido em nenhuma delas qualquer alerta para o mesmo. Tal acontecimento, demonstra, mais uma vez, como é que um país pode ser governado de forma amadora. Estamos em crer, que dias melhores voltarão para o povo das ilhas, e poderão, assim, verem os seus destinos a serem guiados e orientados pelo bom senso, a racionalidade e o projeto de um país onde todos se sentem numa aldeia comum, com sentido de pertença e governados sob a égide de uma visão de passado, presente e futuro. Nada de aventurismo como o que estamos a assistir hoje com esta maioria conjuntural. 

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