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Conservar a paridade fixa entre o escudo e euro para preservar a estabilidade monetária entrando no livre cambio africano
Colunista

Conservar a paridade fixa entre o escudo e euro para preservar a estabilidade monetária entrando no livre cambio africano

De alguns anos, para cá o mundo presenciou e viveu profundos desentendimentos entre a China e os Estados Unidos, que acabou com o optimismo sobre as virtudes da globalização como antídoto para a guerra. A guerra na Ucrânia agora deixa claro o ressurgimento da geopolítica como sinal predominante dos novos tempos. Como no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, está ficando claro que a interdependência econômica não é uma barreira para a possibilidade de uma grande guerra...Mas desejamos paz no mundo para que a paz seja para todos e podermos assumir a missão e títulode homens de “boa vontade”...

Todos os indicadores e feitos actuais, faz-nos crer que a evolução recente do mundo marca uma tendência perfeitamente reconhecível: a era “Americana” acabou, arrastando também o fim provavel da “Globalização” e o sol levantou-se no Oriente, sim, a era asiática está chegando. Esta reflexão indica-nos e empurra-nos para uma realidade geoeconômica difícil de reverter... E a importância econômica em esferas políticas ou estratégicas, com repercussões na governança global, é uma realidade e a nova ordem economica mundial é apenas questão de tempo. Isso porque para Ásia, África e mesmo noutros cantos do mundo, observou-se e acompanhou-se a mudança geoestratégica da China, que planificou no quotidiano a sua ascenção e é perceptível sua vontade inalienável de exercer sua soberania civilizacional... A acção exterior do dragão asiático mais visivel ultimamente foi e é o plano geoestratégico concebido conhecido pela “Rota da Seda”...

E nós Cabo Verde, não podemos perder o comboio. Não podemos dormir, mas acreditar em nós mesmos, forjando um caminho que deve ser referência para a reflexão sobre a convivência e a governança democrática global. Sim temos que participar embora modestamente. Também, temos que qualificar mais e insistir no valor da cultura como pilar primeiro da construção de princípios da nossa universalidade caboverdiana. E esse fortalecimento cultural será reconstruído sobre nossas próprias bases, devemos revitalizar os debates que o tempo eclipsou. Se não temos recursos e pais arquipelágico que doutro senão a nossa cultura como melhor dádiva para a nossa afirmação neste mundo conturbado e incerto, para que embora materialmente fragiliados podemos de maneira digna talvez servir de modelo de inspiração aos homens do nosso tempo, contribuindo com um cunho proprio e com um significado muito diferente para uma hipotética orientação África-Euro-Atlantica...

Devemos pensar nisso, como nação e democracia jovem que neste século XXI, interpreta que a autonomia estratégica deve fazer parte da substância universal. Levantando a a questão chave que para preservar a coexistência global e facilitar o diálogo e a compreensão cultural e civilizacional é indespensável.

Temos um papel importante a assumir também como nação de migração com a diáspora dispersa por todos os continentes e sob os auspícios dessas novas realidades,socioeconomicos e culturais os fluxos de investimento e comércio serão e devem ser projetados nas mais diversas direções e regiões de todas as nove ilhas habitadas e boa medida e estratégia politica económica é manter e conservar a paridade fixa entre o escudo e euro que preservará a estabilidade monetária caboverdiana. Não devemos pensar ainda na moeda unical africana, mas entrar a nosso nivel e possibilidades no vasto mercado unico africano.

Desde a implosão da União Soviética no final de 1991, um novo sentimento de optimismo foi associado ao recuo da geopolítica e ao ressurgimento da interconexão comercial, as políticas de ajuste estrutural do FMI e o surgimento e expansão da Organização Mundial do Comércio. E pensava-se que o desaparecimento da bipolaridade trouxesse consigo um fardo significativo de descompasso e conflito, os cenários centrais do mundo pareciam ter sido imunizados contra a guerra. O engano foi fatal e vivemos todos as consequências nefastas desta nova guerra...

De alguns anos, para cá o mundo presenciou e viveu profundos desentendimentos entre a China e os Estados Unidos, que acabou com o optimismo sobre as virtudes da globalização como antídoto para a guerra. A guerra na Ucrânia agora deixa claro o ressurgimento da geopolítica como sinal predominante dos novos tempos. Como no período que antecedeu a Primeira Guerra Mundial, está ficando claro que a interdependência econômica não é uma barreira para a possibilidade de uma grande guerra...Mas desejamos paz no mundo para que a paz seja para todos e podermos assumir a missão e títulode homens de “boa vontade”...

miljvdav@gmail.com

 

 

 

 

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