A mundialização foi o motor de base, de ajuda na propagação e disseminação deste novo coronavírus, a esperança e ansiedade de praticamente, todos os povos do planeta, é que a própria globalização é portadora de expectativas de que a ciência irá controlar esta nova pandemia não há, duvida alguma que em conectividade a comunidade científica internacional, trabalha intensamente em equipa, para materializar vacina (s) e medicamentos para debelar esta terrível doença, vive-se momentos de profunda angústia para países pequenos, pobres e sem recursos … caso de Cabo Verde…
Mais ainda, os países pobres do sul, sofrem, drasticamente na pele, os efeitos devastadores, do desregulamento climático global que, associado aos males do covid19, não convida a optimismo relativo ao futuro que ficou francamente incerto e abre a ideia da necessidade de “instalação” de nova ordem mundial diferente, centralizada nas pessoas no bem-estar ambiental, no fim da pobreza no mundo e instalação de serviços de saúde universal.
A economia cabo-verdiana, está intimamente ligada às remessas da diáspora nos Estados Unidos e Europa para suas famílias que ficaram, nestas ilhas e este recurso, representa uma boa percentagem do PIB cabo-verdiano
O paradoxo é que, finalmente, depois de décadas a economia cabo-verdiana cresceu, de 1, a tantos por centos, nos últimos dez anos, para se obter, em 2019, um PIB de 5% que gerou mais-valia; mas as estruturas produtivas, não são controladas pelos próprios cabo-verdianos, como caso do Frescomar, na zona industrial de Lazareto, São Vicente e a maioria os grandes investimentos privados em Cabo Verde, são todos estrangeiros!
Se a economia cabo-verdiana, fosse controlada pelos nacionais, mais seguramente que as probabilidades de reinvestimento, seriam maiores e migrariam supostamente para áreas diferentes, criando mais riqueza, mais emprego e diversificaria esta pequena economia de subsistência…
Independentemente da luta contra Covid-19, acreditamos que todos os habitantes deste planeta Terra tem por tarefa urgente, o dever de salvar o mundo, insisto, contra o desastre ecológico, interpelando todas as nações para a prática e exigência planetária de uma diplomacia de paz amiga do ambiente e trabalhar para efectuar na prática, a materialização das alternativas e instalação “defacto” da Agenda 2030, das Nações Unidas.
Uma politica diferente, intervindo onde for necessário, preservando o interesse colectivo, protegendo mais e melhor a classe social mais frágil, assumindo com vontade politica, o papel “insubstituível” do Estado cabo-verdiano como promotor, regulador e incentivador da economia, com cara voltada sempre, para a economia produtiva, não subestimando a macro economia mas tendo em conta os parâmetros desta com os da economia produtiva, que ficaria mais pujante criando condições para que seja o próprio cabo-verdiano a controlar os factores de produção e a própria economia.
Salta-nos á cara, neste pequeno país de parcos recursos uma fossa profunda que se desenvolveu exponencialmente depois da crise de 2008, que persiste… há uma desconexão entre o lucro humilhante de um punhado de indivíduos, enquanto a maioria dos cidadãos vive a realidade existencialista de situação de “desenrasco” e pobreza alarmante.
A luta em Cabo Verde, não pode ser unicamente contra Covi-19, mas sobretudo criar melhores condições existencialistas, para toda a população destas nove ilhas habitadas do atlântico médio…
miljvdav@gmail.com
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