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A política e a competência multidimensional
Colunista

A política e a competência multidimensional

A esfera da grandeza política reserva um conteúdo exclusivo e autêntico. A competência tem a ver com o princípio do desenvolvimento exclusivo, clareza e da lei da irrefutabilidade. A exclusividade entra no campo do incomum. E o comum entra na esfera do populismo. A humildade e o compromisso entram nas listas primordiais de uma política de alto padrão.

Banalizar o exercício político com base em pretensões medíocres, como auferir um alto salário, alcançar um grau elevado de reconhecimento social, não seriam um caminho legítimo para se conseguir um objetivo de excelência.

Infelizmente princípios fundamentais e basilares estão sendo descartados em detrimento de interesses ignóbeis. 

Os princípios da vocação, da motivação benéfica e dos valores da coletividade, devem fazer parte de uma aspiração política de grande alcance.

Quando a competência holística não faz aliança com a política, os resultados serão negativos. A competência em matéria de caráter, conhecimento, liderança eficiente, personalidade, carisma e integridade. É bom que se diga, só o grau académico ou um diploma não faz um político de excelência.

O bom político é aquele que reúne um conjunto de valores, tais como o altruísmo, a honestidade e um profundo senso de identidade pessoal.

O desenvolvimento evidente faz nexo com uma política pujante. Para isso acontecer, é preciso competência multidimensional. O mais curioso ainda, é perceber que para todas as áreas da ação profissional, é preciso "critério minucioso". Para ser um político, basta a pessoa querer ser e aliar-se a um partido político e receber o aval. O entendimento é que, qualquer um serve para exercer cargos políticos, de certo que tenha a cor partidária. Isto é, porque se encaixa no figurino dos interesses partidários. Nesta lógica, o atraso será inevitável e o que se esperava como resposta para um maior desempenho, será um fracasso. Sem a competência em seus vários domínios, os resultados serão catastróficos. A competência moral e ético, representam o epicentro das demais competências. A política sem valores é um campo livre para a desgraça e as desvantagens serão devastadoras.

Sem um crivo predefinido e formatado em valores elevados, o exercício político não passará de um meio para se atingir um fim. Sendo assim, cada um poderá "jogar" da sua maneira e sem um rigor definido de excelência. Os interesses pessoais falarão mais do que as linhas mestras que representam as razões fundamentais do desenvolvimento holístico. A incompetência não faz nexo com o exercício político. Da mesma forma que para se fazer uma política de grande alcance e de alta performance, serão necessárias ações interligadas e consubstanciadas. Com base em competência multidimensional e interdisciplinar. Com certeza, quem decide ser um político deve ter em alta conta que não será uma tarefa fácil. Justamente, porque uma das grandes premissas seria, a competência moral e ética. Não é só querer ser, é ser para fazer. Não podemos confundir a competência com o populismo e nem com a aprovação de uma "elite" dentro da arena partidária. Todo o político competente não é popular e todo o político popular não é competente. O popular quer agradar a sua plateia em função do voto, e a competência está atrelada á uma liderança de excelência.

A esfera da grandeza política reserva um conteúdo exclusivo e autêntico.

A competência tem a ver com o princípio do desenvolvimento exclusivo, clareza e da lei da irrefutabilidade.

A exclusividade entra no campo do incomum. E o comum entra na esfera do populismo. A humildade e o compromisso entram nas listas primordiais de uma política de alto padrão.

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SOBRE O AUTOR

Lino Magno

Teólogo, pastor, cronista e colunista de Santiago Magazine