Ambiente

“Cabo Verde dispõe de 22 áreas marítimas protegidas nas zonas costeiras e queremos aumentar este número. Isto é um desígnio do Governo. Pretendemos criar áreas marítimas protegidas nas zonas offshore”, avançou o ministro do Mar, que falava no encerramento do fórum "Abastecer as ilhas: Profissionalização e organização em rede das associações do sector primário”.

Para Jorge Santos, a criação de áreas marítimas protegidas nas zonas ‘offshore’ trará muitas vantagens, desde logo, a diminuição da pressão sobre a pesca, a possibilidade de se fazer “uma melhor gestão dos recursos haliêuticos” e a protecção das espécies.

“O Governo quer melhorar a gestão das 22 áreas marítimas protegidas e amplificar essas áreas para as zonas ‘offshore’ para o equilíbrio do ecossistema. Isso vai nos permitir também diminuir a pressão sobre a pesca, fazer uma melhor gestão dos recursos haliêuticos e proteger as espécies”, sublinhou este governante.  

O ministro do Mar apontou também os desafios que se colocam ainda ao sector das pescas no país, destacando-se a organização e profissionalização das associações, o reforço da pesca artesanal e toda a sua cadeia de valor (formação, segurança, melhoria das embarcações) e a promoção da pesca semi-industrial e industrial.

A nível da agricultura, este governante defendeu uma maior valorização deste sector através de apostas nas novas tecnologias, na promoção das boas práticas e da dessalinização de água para a irrigação.  

O fórum "Abastecer as ilhas: Profissionalização e organização em rede das associações do sector primário” foi uma iniciativa do Centro de Estudos Rurais e Agricultura Internacional e Associação dos Amigos da Natureza e teve como propósito promover o debate “a favor de uma maior profissionalização” das associações ligadas ao sector primário.

O fórum se realizou no âmbito do projecto "Terra Azul: Resiliência e Fortalecimento das Comunidades Costeiras e Rurais das Ilhas de Santo Antão e São Vicente", financiado pela Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID) e pelo Ministério do Mar.