Negligência médica no Hospital Agostinho Neto deixa paciente cego de um olho
Sociedade

Negligência médica no Hospital Agostinho Neto deixa paciente cego de um olho

Uma situação de negligência médica está a envolver o Hospital Agostinho Neto, na Praia.  Queixas feitas pelo paciente Justino de Andrade Martins levantam sérias questões sobre a qualidade do atendimento médico e a responsabilidade no Hospital Agostinha Neto, que exige uma investigação minuciosa. Este ficou cego de um olho, na sequência de uma má prescrição de medicamento e, por isso, promete ir até às últimas consequências.

Segundo conta a vítima, no dia 5 de Setembro deste ano, procurou o Hospital Agostinha Neto com queixas de incômodo e dor em um dos olhos, causadas por partículas de poeira e que, após esperar um tempo, ele foi atendido pela médica Yeisa Bernardez Ramon, que removeu a partícula do olho e sua visão voltou ao normal.

Mas, as coisas vieram a piorar porque foi instruído a aplicar uma pomada e um penso que, segundo disse ter notado, provocou uma deterioração em sua visão.

“Preocupado, retornei ao hospital para buscar ajuda e fui informado de que precisaria ser internado com urgência para correção cirúrgica. A descoberta da gravidade da situação foi feita por outra médica, que questionou a prescrição de medicamentos”, contou.

Conforme relatou, a médica responsável pelo primeiro atendimento, inicialmente negou ter prescrito o medicamento em questão e acusou Justino de administrar por conta própria. No entanto, conta Justino, que apresentou a receita que comprova que a pomada havia sido prescrita por ela.

“O estranho é que ao ver a receita, ela não mais me devolveu o papel. No momento notei alguma reação estranha por parte dela e da colega dela. Aliás, esta colega disse alto e em bom som que ela não me deveria ter passado nunca aquela pomada. Lembro-me de as duas a se afastar de mim para conversarem entre ela”, contou.

Apesar de todos os esforços para corrigir o erro, Justino foi levado ao bloco cirúrgico, mas o resultado da cirurgia não conseguiu reverter o dano. Como resultado, ele saiu do hospital sem a visão em um de seus olhos.

Apesar do grave incidente e da cegueira permanente de Justino, ele recebeu alta médica e, até agora, ninguém foi responsabilizado pelo erro. Justino alega que o hospital atribui a culpa a ele, insistindo que a cegueira era a única solução, mas, garante, que irá acionar a Justiça para que a culpa não morra solteira.

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