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Hospital do Sal tem só mulheres na chefia. ICIEG quer paridade efectiva
Sociedade

Hospital do Sal tem só mulheres na chefia. ICIEG quer paridade efectiva

A presidente do Instituto Cabo-verdiano para a Igualdade e Equidade do Género (ICIEG), Rosana Almeida, não gostou de ver apenas mulheres no Conselho de Administração do Hospital Regional Ramiro Figueira na ilha do Sal e, em carta endereçada esta terça-feira ao ministro da Saúde, chama a atenção para a “não observância da lei da paridade” na nomeação da nova equipa gestora desse estabelecimento de saúde.

O novo conselho diretivo do Hospital Ramiro Figueira foi empossado na segunda-feira, 3, pelo ministro da Saúde, Arlindo do Rosário, e ficou composta por Cláudia Silva, que dirige, Liziana da Rosa, directora Clinica, Cleide de Pina, administradora, Sara Monteiro, Enfermeira Superintendente, e Giselle da Cruz, como vogal.

Um corpo directivo todo ele integrado por mulheres acabou, entretanto, por não agradar à presidente do ICIEG. Numa missiva endereçada ontem, 4, ao ministro Arlindo do Rosário, Rosana Almeida diz que, depois de tomar conhecimento através da TCV a tomada de posse do novo conselho de administração do hospital Ramiro Figueira, no Sal, “composto exclusivamente por mulheres, contrariando a lei da paridade em um dos seus capítulos mais importantes”, viu-se obrigada a chamar a atenção para a não observância da Lei da Paridade” nessas nomeações.

E cita o artigo 7º da Lei da Paridade que afirma que os órgãos colegiais da direção das entidades que integram o sector público, administrativo e empresarial do Estado, e das autarquias locais, devem ter uma representação paritária. “Sendo o hospital Ramiro Figueira, uma entidade pública entendemos que o conselho de administração devia ser nomeado em consonância com a lei nº 68/IX/2019 de 28 de novembro”, pontua.

“Recebemos com preocupação o facto de o conselho de administração ter sido constituído exclusivamente por mulheres, dado que também não veríamos com bons olhos um conselho constituído somente por homens. A nossa luta que entendemos ser comum recai na correção dos desequilíbrios de género lá onde existirem e trabalhar uma cultura institucional promotora da igualdade de género”, lê-se na carta, também encaminhada à ministra da Justiça e à Rede de Mulheres Parlamentares e que Santiago Magazine teve acesso.

A presidente do ICIEG conclui sugerindo do ministro da Saúde “rápida decisão em conformidade com a lei recentemente aprovada. Aproveitamos o ensejo para solicitar um encontro com a Vossa Excelência com vista a conhecer o que está sendo feito em matéria de transversalização do princípio da igualdade a nível do Ministério”.

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Redação