Quatro agentes prisionais, um funcionário de secretaria e uma ajudante de serviços gerais na cadeia de São Martinho testaram hoje, 13, positivo ao coronavírus.
Além dos 22 novos casos de Covid-19 na Praia, divulgados esta quarta-feira, há mais seis ainda por entrar na lista e figurar nas estatísticas oficiais.
É que hoje foram conhecidos os resultados das análises feitas a todos os trabalhadores da Cadeia Central da Praia, em São Martinho, conforme o pedido feito pela direcção do maior estabelecimento prisional do país, como medida preventiva.
E, ao que Santiago Magazine apurou, os testes deram positivo a seis trabalhadores da prisão de Bombena: quatro agentes prisionais, um funcionário dos serviços administrativos e uma empregada de limpeza.
Segundo fonte deste jornal, o contágio terá acontecido fora da unidade carcerária, uma vez que desde o dia 22 de Março foram interditas as visitas aos presos. Mas o receio agora é de que, nesse intervalo de tempo, o virus tenha passado para o interior das celas, obrigando a medidas excepcionais de separação dos reclusos para evitar um contágio em massa num espaço fechado como o é a cadeia de São Martinho, onde, por exemplo, celas feitas para quatro pessoas albergam até dez detentos, devido à superlotação do estabelecimento - estão presos mais de 1100 pessoas, vigiadas por cerca de 100 agentes prisionais.
Neste momento, a direcção penitenciária prepara novas e reforçadas barreiras sanitárias no interior da cadeia de São Martinho, infra-estrutura pensada inicialmente para 550 detentos, mas que já alberga mais de mil presos, na sua grande maioria homens (há pouco mais de 30 mulheres encarceradas em Bombena).
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