O primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse hoje que o rendimento não deve ser um obstáculo para o acesso ao ensino, traçando como objetivo atingir a igualdade de oportunidades, principalmente para as famílias mais pobres.
"Aqui o Estado tem de intervir, o Governo tem de intervir porque só assim é que se cria igualdade de oportunidades para que o rendimento não seja um obstáculo ao acesso e à frequência do ensino", disse o chefe do Governo, que falava, na cidade da Praia, durante a cerimónia oficial de abertura do novo ano letivo no país, que este ano acontece sob o lema "Mais educação, Mais inclusão".
Como elementos de inclusão, Ulisses Correia e Silva apontou a parceria com as câmaras municipais, que tem permitido subsidiar cerca de três mil crianças do pré-escolar, e a extensão da escolaridade obrigatória gratuita até aos oito anos, sendo que o objetivo é chegar a 12 anos de escolaridade obrigatória em 2021.
Criando condições para que todos possam estudar, o primeiro-ministro referiu ainda a frequência gratuita a todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar ao ensino universitário e profissional, a pessoas com deficiência.
"Uma atenção específica a estudantes com necessidades educativas especiais, para o fortalecimento de respostas educativas mais adequadas e de acordo com as melhores práticas internacionais", continuou, numa cerimónia que decorreu no Liceu Domingos Ramos, um dos mais antigos e emblemáticos do país e onde Ulisses Correia e Silva estudou.
A sala de conferências da escola secundária esteve cheia de alunos, professores, pais e encarregados de educação, responsáveis políticos, religiosos, sindicais, numa cerimónia animada com muita música e dança por alunos de várias escolas.
O ato de abertura do ano letivo 2018/2019 aconteceu à mesma hora e em todo os concelhos do país, tendo sido presidido por membros do Governo, presidentes das câmaras municipais e equipas de educação dos respetivos municípios.
As aulas iniciam-se na terça-feira, num novo ano letivo com 128.767 alunos nos diferentes níveis de ensino e que serão orientados por 6.588 professores.
Com Lusa
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