Parafraseando alguns deputados da oposição também afirmamos: “Os cabo-verdianos sentem sitiados no seu próprio país, os cabo-verdianos sentem-se humilhados. O governo do MpD falhou completamente no sector dos transportes”. Cabo Verde não está condenado a ter o seu presente e o seu futuro hipotecado, por uma política que pela sua natureza e orientação ao serviço “sabe-se lá do quê”, é incapaz de resolver os problemas nacionais e garantir condições de vida dignas ao povo cabo-verdiano.
Um sistema de transportes eficaz é fundamental para uma economia competitiva e resiliente. O fluxo eficiente de mercadorias e pessoas é um fator facilitador fundamental para o desenvolvimento económico, ao contribuir para a segurança alimentar, a educação, a redução da pobreza, o crescimento inclusivo e muito mais.
Aliás, como dizem os economistas, um sistema de transportes acessível a todos liga as pessoas, cria mercados e incentiva o desenvolvimento económico e social. Mas, pelos vistos, o Governo cabo-verdiano, apesar de ter inscrito no Orçamento do Estado de 2023 o montante de 601 milhões de escudos para o sector, continua a não assegurar aos cidadãos e empresas de todas as ilhas um transporte seguro, regular e fiável.
Independentemente do ministro do Mar, Abraão Vicente, afirmar que neste momento circulam nos mares de Cabo Verde sete barcos a fazerem as linhas completas. Um facto, é que as falhas constantes nas ligações inter-ilhas (marítima e aérea) impedem o desenvolvimento sustentável das economias locais e provocam graves transtornos na circulação de pessoas e mercadorias.
Ao que parece, o Governo esquece que a natureza do sector dos transportes, cujo papel económico e social está longe de se esgotar na maior ou menor rentabilidade das empresas, conferem-lhe um papel estratégico e determinante no desenvolvimento de um país.
O Governo também se esquece que, o transporte de mercadorias e a sua articulação com a produção e o aparelho produtivo, a cobertura por uma rede de transportes marítimos e aéreos de todo o território nacional assegurando a sua coesão e a mobilidade das populações, as especificidades das grandes áreas metropolitanas, a ligação às comunidades cabo-verdianas residentes no estrangeiro e os tempos de deslocação, conferem a este sector, uma dimensão estratégica que para ser útil a um país, não pode estar dependente da lógica de exploração, onde o objetivo do lucro se sobrepõe a todos os outros.
Em pleno século XXI não dá para entender a “miopia politica” do Governo que mantém um sector de transportes completamente desregulado e distorcido que dá cabo da economia das ilhas, principalmente a ilha de S. Nicolau – a principal vitima da irregularidade dos transportes.
Parafraseando alguns deputados da oposição também afirmamos: “Os cabo-verdianos sentem sitiados no seu próprio país, os cabo-verdianos sentem-se humilhados. O governo do MpD falhou completamente no sector dos transportes”.
Cabo Verde não está condenado a ter o seu presente e o seu futuro hipotecado, por uma política que pela sua natureza e orientação ao serviço “sabe-se lá do quê”, é incapaz de resolver os problemas nacionais e garantir condições de vida dignas ao povo cabo-verdiano.
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