A União Cabo-Verdiana Independente e Democrática (UCID) encontra-se reunida no Mindelo, no seu 17º congresso, para eleger uma nova direcção do partido, “cumprir Cabo verde” e provocar uma “viragem política” na vida dos democratas-cristãos.
Cerca de 120 delegados ao congresso, dos 200 inscritos e esperados, oriundos de todas as ilhas e da emigração, irão escolher, ao final do dia de hoje, entre António Monteiro, o presidente cessante, Teodoro Monteiro e Carlos Gomes Lopes, a qual deles entregar os destinos da UCID para os próximos três anos.
O que irá ocorrer hoje dentro da sala do congresso, o Auditório Onésimo Silveira, da Universidade do Mindelo, não se saberá, pelo menos pela comunicação social, pois as portas fecharam-se logo a seguir à abertura da assembleia, pelo presidente cessante do partido, António Monteiro.
O líder cessante proferiu um discurso curto, de não mais que 15 minutos, todo ele a apelar para a concórdia, inclusivamente para o abandono do “partidarismo doentio” e a colocação do país “acima de qualquer querela política”.
António Monteiro iniciou sua intervenção a considera “grandioso” o seu partido, “fundado há quase 40 anos”, afirmar a seguir que organizar este congresso “não foi fácil”, foi preciso “muita luta e perder muitas horas de sono”, mas para concluir que, afinal, está a valer a pena.
“Este congresso, afirmou Monteiro, é a viragem política na vida da UCID”, um congresso que se realiza em meio a “muitas dificuldades financeiras”, que de resto “afligem a sociedade (cabo-verdiana) e as instituições” do país, tanto que, referiu, os delegados da emigração assumiram, eles mesmos, as despesas para virem à reunião magna do partido.
A UCID é “grandiosa”, mas este congresso, a marcar um “ponto de viragem”, tem a tarefa de fazer com que o partido tenha um “lugar de destaque na nossa democracia”, observou o presidente cessante, cuja intervenção foi a única a que os jornalistas assistiram.
“Estamos aqui para servir a sociedade, o país. Estamos aqui de corpo e alma para servir Cabo verde e este povo”, proclamou António Monteiro, acrescentando que este congresso “tem como pano de fundo o futuro do país”.
Referindo-se ao lema do congresso, “cumprir Cabo Verde”, por sinal já velhinho, mas ainda “válido”, António Monteiro apelou para a união, união de todos os partidos, porque juntos “poderemos trazer ao país uma áurea positiva”, observou.
Posicionando-se contra a digladiação entre os partidos, porque “não vale a pena”, “colocar rótulos uns nos outros”, o presidente cessante da UCID reconheceu que nenhum governo, seja ele do PAICV, do MpD ou da UCID, poderá sozinho resolver todos os problemas do país. Então, o caminho será a concórdia.
O MpD e o PAICV fizeram-se representar no congresso da UCID pelos deputados João Gomes e João do Carmo, respectivamente.
Com Inforpress
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