O combate político entrou na sua versão desaforada, pela boca de Agostinho Lopes, que acusa o presidente da Câmara Municipal da Praia de ser um “político conflituoso, ditador e criminoso”. O secretário-geral do Movimento para a Democracia mantém-se fiel ao registo belicoso a que já nos habituou, inaugurado pela sua pessoa nas conferências de imprensa do partido, deixando no ar uma antevisão do que será a campanha eleitoral que se aproxima…
Em conferência de imprensa dada ontem, o secretário-geral do MpD aumentou a fasquia, entrando no terreno da imputação criminal, dando conta do posicionamento do MpD no que respeita à discórdia entre o Governo e a Câmara Municipal da Praia, a propósito do terreno do complexo da Babilónia.
Dizendo estar a assistir ao diferendo um “pouco escandalizado e com profunda preocupação”, considerou que “este caso, reforça a imagem e reconhecidas caraterísticas de Francisco Carvalho como um político conflituoso, embirrento, desonesto, criminoso, ditador e mau caráter” e atirando, ainda: “é birra, teimosia, implicância, manha, violação constante das leis e normas e um autoritarismo, que determinam a atuação deste senhor”, acusou.
Acusações sem provas
Aumentando o volume das acusações, Agostinho Lopes disse que Francisco Carvalho é o presidente de câmara “mais corrupto e fora da lei” que Cabo Verde já teve e considerou que o também líder do PAICV “constituiu uma autêntica quadrilha dentro e fora da Câmara Municipal da Praia que está a delapidar o património municipal, na gestão de terrenos, obras e infraestruturas municipais”, e tendo como objetivo angariar dinheiro para si mesmo, seus camaradas e para a campanha eleitoral que está próxima”, acusou.
Ainda segundo o secretário-geral do MpD, com a venda de terrenos, Francisco Carvalho “já prejudicou” o município da capital no montante de 361 mil contos, embora não tenha apresentado qualquer prova que sustente a acusação.
“Não se sabe para bolsos de quem é que foram e como foram divididos. É preciso explicações. Saber quem foram os beneficiários. Portanto, para nós, é um crime evidente contra o património público, pelo que esperávamos que o Ministério Público e a Procuradoria Geral da República movessem um processo para instruir e levar o caso a julgamento. Infelizmente não foi feito”, disse Lopes, em alusão à referida venda de terrenos, avançando que o MpD vai avançar com uma queixa-crime e concluindo: “É preciso travar Francisco Carvalho”.
C/Inforpress
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