São Miguel: PAICV pede ao Governo e poder local para repensar as dinâmicas de desenvolvimento municipal
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São Miguel: PAICV pede ao Governo e poder local para repensar as dinâmicas de desenvolvimento municipal

Na visita de hoje, considerou que é preciso que o poder local e o Governo repensem as dinâmicas de desenvolvimento municipal para criar condições e permitir que o município não fique para trás, pois, avançou que os indicadores de condições de vida estão a dar sinais de que São Miguel está neste patamar.

O presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV - oposição) pediu hoje ao Governo e ao poder local, em São Miguel, para repensar as dinâmicas de desenvolvimento municipal para que o concelho possa desenvolver.

Rui Semedo fez estas declarações à imprensa durante uma visita efectuada a São Miguel, enquadrada num leque de visitas que o partido vai realizar durantes três dias aos municípios da região Santiago Norte.

Estas visitas, conforme explicou o presidente do maior partido da oposição, têm como propósito a preparação sobre o estado da Nação, que vai decorrer no final do mês de Julho, mas também a preparação local para as eleições autárquicas.

Na visita de hoje, considerou que é preciso que o poder local e o Governo repensem as dinâmicas de desenvolvimento municipal para criar condições e permitir que o município não fique para trás, pois, avançou que os indicadores de condições de vida estão a dar sinais de que São Miguel está neste patamar.

Segundo este dirigente, a equipa no terreno fez algumas constatações, nomeadamente a situação de desemprego e falta de rendimentos, problemas nos sectores primários, nomeadamente na agricultura, pesca e pecuária, mas também a saída desenfreada dos jovens, o que demonstra que São Miguel tem uma falta de investimentos em sectores fundamentais que podem contribuir para o desenvolvimento deste município, desde logo investimento forte no sector primário.

Na agricultura, adiantou que o município tem terrenos disponíveis, pessoas com propriedades e espaços para praticar a agricultura, tem disponibilidade de água, mas que tem problema na gestão e organização da distribuição da água. 

Neste quesito, relembrou que as autoridades devem ter a noção clara dos seus papéis e das suas funções, que é de “facilitar, promover e criar condições para que as pessoas invistam em sectores fundamentais” para que possam ter rendimento e produzir para contribuir para a riqueza, o desenvolvimento e melhoria de condições de vida do município.

Quanto à pesca, salientou que é um sector que precisa de uma grande atenção, avançando que o Estado tem de pensar neste sector que “à semelhança da agricultura tem havido durante esses anos todo quase que um desinvestimento”, deixando as pessoas desocupadas, sem possibilidades de dar mais e de ter mais rendimentos. 

Nessa mesma onda inseriu a pecuária e também demonstrou a sua preocupação pelo estado em que encontraram o Mercado Municipal, com um cenário de “quase deserto, o que demonstra que o município está um pouco parado, apelando à uma dinâmica e um trabalho maior”.

Já a saída dos jovens para a emigração foi classificada pelo dirigente do PAICV como um chamar de atenção para a falta de alternativas e soluções internas no país para que estes possam ter emprego e acesso ao rendimento.

Rui Semedo vai visitar os quatro municípios da região Santiago Norte liderados pelo Movimento para a Democracia (MpD, poder), tendo iniciado esta segunda-feira em São Miguel, no dia 16, vai ser a vez de São Lourenço dos Órgãos e de São Salvador do Mundo com os operadores económicos e agricultores no centro das actividades.

No último dia, quarta-feira, o líder do PAICV vai visitar o município de Santa Catarina para auscultar os trabalhadores do mercado municipal, operadores económicos e agricultores.

C/ Inforpress

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