Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista admite “fragilidades” no sector da Protecção Civil da ilha
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Presidente da Câmara Municipal da Boa Vista admite “fragilidades” no sector da Protecção Civil da ilha

O presidente da Câmara Municipal da Boa Vista, Cláudio Mendonça, afirmou que os últimos incêndios que aconteceram na ilha demonstraram a “fraca capacidade” municipal a nível da Protecção Civil, admitindo fragilidades e necessidade de investimentos neste sector.

Cláudio Mendonça fez estas declarações quando falava aos órgãos locais de comunicação sobre o incêndio que ocorreu na sexta-feira, 23, na zona de Pocilgas, área industrial da cidade de Sal Rei, que carbonizou quase duas dezenas de animais e consumiu mais de uma dezena de pocilgas, segundo informaram as autoridades.

O autarca disse que devido à redução material e de efectivos da Protecção Civil da Câmara Municipal da Boa Vista (CMBV), não foi possível dar uma resposta de imediato à extinção do fogo, pelo que houve a necessidade de accionar a ASA e AEB para auxiliar no combate ao fogo, dado às fragilidades da capacidade interna da deste sector, sobretudo, a nível de número de efectivos, meios, matérias e equipamentos.

O edil considera que isto demonstra que há que ser mais céleres na resposta, sublinhando que o incêndio de sexta-feira e um outro que ocorreu recentemente num prédio em ruínas no centro da cidade, indicam que urge dar repostas a este tipo de situações em todo o sentido, apontando, por outro lado, a necessidade de deslocar a pocilga para uma outra área.

“Conforme se tem reparado, é a segunda vez que a ilha da Boa Vista está a ter um incêndio de grande dimensão, em que a capacidade municipal a nível da protecção Civil tem se revelado bastante fraca e, exíguo e temos um défice enorme neste sentido”, admitiu.

O autarca afirmou que é uma revindicação de todo o pessoal da Protecção Civil sobre a necessidade, sobretudo de reforço de materiais e equipamentos, para dar vazão a estes tipos de incêndio.

Cláudio Mendonça reiterou que isto revela que o município carece de alguns investimentos, nomeadamente, viaturas de combate a incêndio, equipamentos de protecção e aumento de efectivos a nível de bombeiros.

Explicou que a autarquia tem vindo paulatinamente a dar respostas e a fazer contactos, no sentido de criar as condições para melhorar a capacidade da Protecção Civil na ilha.

Segundo o corpo dos Bombeiros da Protecção Civil da Câmara Municipal da Boa Vista, o alerta do incêndio da madrugada de sexta-feira foi dado às 00:20, tendo a corporação extinto o fogo por volta das 4:00, “depois um árduo trabalho da corporação”.

Ainda conforme os bombeiros que participaram no combate ao fogo, foi preciso cerca de 12 autotanques de água para combater as chamas e evitar a propagação do fogo para outras cercas.

O incêndio afectou 10 criadores, sendo que a maioria dos animais queimada fora o gado caprino, suíno e galinhas, num total de 172 animais carbonizados e quinze em estado crítico.

Ainda segundo se constatou no local, os animais já carbonizados estavam espalhados pelo chão e quase todos os materiais das pocilgas consumidos pelo fogo.

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