O novo presidente da Comissão de Recenseamento Eleitoral da Praia, Manuel Teixeira, traçou como prioridade imediata a dinamização do processo de inscrição de eleitores, com foco na juventude, para aumentar significativamente a taxa de participação nas próximas eleições.
Manuel Teixeira, que falava à imprensa à margem da cerimónia de tomada de posse, destacou que o grande desafio da Comissão de Recenseamento Eleitoral (CRE) da Praia será ultrapassar a fraca adesão ao recenseamento, um problema que afecta principalmente a camada jovem da capital.
“As pessoas não querem muito recensear, mas nós vamos ter de trabalhar afincadamente para que isso aconteça, principalmente junto da juventude da capital”, afirmou considerando o processo de recenseamento “essencial para a consolidação da democracia”.
O responsável sublinhou que a CRE pretende envolver a sociedade civil, partidos políticos e associações comunitárias para chegar às localidades e cidadãos que ainda não estão recenseados.
“Queremos chegar cada vez mais perto das pessoas, sensibilizá-las e mostrar a importância da participação cívica”, frisou.
Quanto às metas, Manuel Teixeira considera possível alcançar entre 60% e 70% de jovens recenseados até Fevereiro de 2026, aproximando-se do objectivo de 65% de adesão na faixa etária dos 18 anos, definido pela presidência anterior.
Manuel Teixeira garantiu ainda que a Comissão trabalhará para assegurar um recenseamento conduzido com transparência, imparcialidade e eficiência, salientando a necessidade de um “envolvimento transversal de várias entidades” para o sucesso da missão.
“Estamos aqui com as sandálias da humildade e desprovidos de arrogância para fortalecer a democracia na nossa Praia, garantindo que cada voz seja ouvida e respeitada”, concluiu, sublinhando que “as eleições podem ser decididas pela diferença de um único voto”.
Por seu turno, a presidente da Assembleia Municipal da Praia, Clara Marques, que presidiu à cerimónia de tomada de posse, destacou a importância, hoje, da CRE para a organização e dinamização do processo eleitoral e para a consolidação da democracia.
Lembrou que a Comissão tem competências que vão desde a elaboração dos cadernos eleitorais e gestão da base de dados até à sensibilização e esclarecimento dos cidadãos, em articulação com a Comissão Nacional de Eleições e os normativos em vigor.
A responsável aproveitou ainda para reconhecer o trabalho da equipa cessante, liderada durante 20 anos por José Barbosa, que “soube com mestria cumprir a sua missão, mesmo enfrentando limitações financeiras e logísticas, sem nunca colocar em causa a credibilidade do processo eleitoral”.
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